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China adverte EUA sobre risco de “politizar” questão do yuan

A China pediu esta sexta-feira aos Estados Unidos a evite a “politização” da questão do yuan – a moeda chinesa, considerada artificialmente desvalorizada por Washington e outros países -, para que o debate técnico não seja prejudicado.

A advertência foi feita no momento em que senadores americanos estimulam um projeto de lei que contempla duras sanções para países que manipulam as moedas. “Devemos adotar todas as medidas possíveis para evitar a politização do assunto e a irrupção das emoções no debate”, disse He Ning, funcionário do ministério do Comércio responsável pelas relações com os Estados Unidos. “Se adicionarmos fatores políticos, isto complicará a situação no conjunto e afetará as negociações e o diálogo, o que não é nosso objetivo”, acrescentou He.

O projeto de lei americano não menciona explicitamente a China, mas o principal defensor do texto, o senador democrata Charles Schumer, denunciou a “manipulação da moeda chinesa”, que segundo ele “contribuiu para a recessão mundial e agora prejudica a recuperação da economia”. O presidente Barack Obama reiterou na semana passada o pedido para que a China adote uma taxa de câmbio mais orientada pelo mercado, para ajudar a equilibrar a economia mundial.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial, a União Europeia (UE) e países emergentes também manifestaram recentemente queixas com a baixa cotação do yuan, que favorece as exportações da China. O gigante asiático ultrapassou em 2009 a Alemanha como primeiro exportador mundial. O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, rebateu as críticas ao encerrar, no domingo passado, a sessão anual do Parlamento.

O vice-ministro chinês do Comércio, Zhong Shan, visitará de 24 a 26 de março Washington em uma missão para discutir as divergências com os congressitas americanos, funcionários do Tesouro e do setor comercial do governo do presidente Barack Obama, informou o ministério. “A visita constitui um esforço de consultas e de troca de pontos de vista sobre a balança comercial entre China e Estados Unidos, e sobre outros temas comerciais”, destaca um comunicado do ministério.

Mas em uma entrevista à agência Dow Jones Newswires, Zhong descartou concessões no tema do yuan. Ele disse que uma valorização da moeda chinesa colocaria em perigoa a sobrevivência de muitas empresas exportadoras.

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