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Cheias: Governo preparado para intervir

O Governo de Moçambique diz que está preparado para intervir em caso de ocorrência de cheias no país ao longo desta época chuvosa e ciclónica que vai até Abril de 2011.

 

 

A garantia foi dada esta segunda-feira, em Maputo, pela Vice-Ministra da Administração Estatal, Carmelita Namachulua, que, igualmente, é vicepresidente do Conselho Coordenador de Calamidades.

Segundo Namachulua, o Governo ‘dispõe’ de meios para fazer o resgate de pessoas afectadas em caso de necessidade. Porem, ela não quantificou tais meios. “Temos vários meios, como barcos.

A Unidade de Protecção Civil (UNAPROC) está a fazer os primeiros ensaios para verificar a nossa prontidão na busca e salvamento das pessoas afectadas.

Os meios não são muitos mas são os que temos e vamos usa-los da melhor forma”, afirmou a Ministra. Estima-se que ao longo deste período mais de 50 mil pessoas dos distritos de Tambara, Chemba, Caia, Marromeu, Mutarara, Morrumbala, Mopeia e Chinde, nas províncias de Manica, Sofala, Tete e Zambézia, no Centro de Moçambique, sejam afectadas por cheias extremas ao longo do rio Zambeze.

Segundo Namachulua, o Governo tem estado a fazer muito trabalho de sensibilização das populações sobre a necessidade de as mesmas fazerem a sua vida nas zonas altas, onde há condições de habitabilidade e apenas usarem as áreas baixas para a prática da agricultura.

Paralelamente a esta acção, segundo a Ministra, o Governo tem estado a transferir as infra-estruturas para as zonas altas, nomeadamente escolas, centros de saúde, entre outras para atrair a população.

“Tínhamos vários problemas em relação ao vale do Zambeze, devido às chuvas. Mas a situação está controlada porque a maior parte das populações que vivia nas zonas propensas as cheias já foi reassentada nas zonas altas e só volta para aquelas áreas para o cultivo”, indicou a Ministra. Ela acrescentou que “ agora estamos a monitorar as grandes bacias. Existem condições básicas para fazer face às cheias e é preciso continuarmos a sensibilizar as pessoas para se afastarem das zonas de risco”. Os comités locais de gestão de risco já forma activados.

Na ocasião, aquele dirigente refutou todas as informação de que as vítimas das inundações ocorridas em 2007, no distrito de Tambara, província de Manica, centro de Moçambique, estão a abandonar os bairros de reassentamento, regressando para as zonas de risco devido ao atraso da construção de casas. Há indicações de que das 900 casas previstas naquele ponto do país, apenas 180 foram construídas

“Isso não é verdade. As pessoas estão a abandonar as zonas de risco e há cada vez mais casas construídas para os afectados”, indicou. O Conselho Coordenador de Calamidades foi dirigido pelo Primeiroministro, Aires Ali, e tinha como objectivo avaliar a prontidão do país em relação a gestão de calamidades.

Segundo as previsões meteorológicas e hidrológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) e da Direcção Nacional de Águas (DNA), a primeira época chuvosa, entre Outubro e Dezembro, será caracterizada por chuvas normais e acima de normal nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala, Manica, Tete, Zambézia e Nampula, e abaixo de normal em Niassa e Cabo Delgado.

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