O Posto Administrativo de Changalane, distrito de Namaacha, na província de Maputo, depende de um único transporte semi-colectivo de passageiros, vulgo chapa “100”, para as deslocações diárias dos residentes dos seus locais de residência para os locais de trabalho, localizados na sua maioria, nas cidades da Matola e Maputo.
De acordo com alguns residentes daquele Posto Administrativo, visivelmente agastados com a situação que afirmaram se alastrar há já longos anos, a população local é submetida a penosos sacrifícios para poderem chegar aos seus destinos.
Segundo os informantes, o único carro que tem “socorrido” os populares de changalane é um semi-colectivo com capacidade para transportar pelo menos 30 passageiros, cobrando para o efeito, 22 meticais por passageiro, o que significa que os residentes locais gastam cerca de 44 meticais por dia e cerca de mil meticais mensais.
As fontes avançam ainda que o martírio não termina por aqui, pois o transporte de que tanto dependem para se deslocarem aos seus destinos, faz apenas três viagens diárias de Changalane à baixa da cidade de Maputo e vice-versa. Os cidadãos que falaram ao Diário do País, disseram que desde que comboio dos Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), suspendeu as suas operações naquele posto Administrativo há mais de cinco anos, a vida dos cidadãos tornou-se muito difícil “o comboio deixou de circular há sensivelmente sete anos devido há problemas na ferrovia, situação que deixou os residentes reféns de favores de particulares para se poderem deslocar entre outros locais, aos seus sectores de actividade”, frisaram.
Com relação a algum trabalho que o governo esteja a desenvolver com vista a dar a volta ao constrangimento, os nossos informantes disseram que a linha férrea já foi reabilitada e que as estruturas governamentais locais prometem que brevemante o comboio voltará a circular, afirmações que dizem não depositarem fé nas mesmas por segundo eles estarem cansados de promessas que não são concretizadas.