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CFM possui capacidade para concluir linha de Sena – Rosário Mualeia

Os erros, omissões e incorrecções detectados nas obras de reabilitação da linha férrea de Sena serão sanados a tempo de, com o mínimo de atraso, dar vazão às operações de escoamento do carvão de Moatize para exportação, através do porto da Beira.

Esta garantia foi dada por Rosário Mualeia, Presidente do Conselho de Administração da Empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) citado pelo diário “Noticias”.

O Conselho de Ministros decidiu que a empresa CFM deverá assumir a gestão do sistema ferroviário do Centro com a iminente rescisão do contrato com o consórcio indiano Rites and Ircon (RICON).

As projecções das companhias brasileira Vale e australiana Riversdale, ambas com contratos de exploração de carvão em Moatize, indicam que a exportação daquele mineral através do porto da Beira deverá iniciar em Julho deste ano.

Segundo dados oficiais, as reservas conhecidas na região de Benga, área concessionada à Riversdale, atingem os 4,4 biliões de toneladas, enquanto que em Moatize, zona operada pela brasileira Vale, existem cerca de dois biliões de toneladas de carvão.

De acordo com Rosário Mualeia, nos últimos tempos, a atenção das autoridades moçambicanas está concentrada no desenho de uma estratégia funcional para assegurar que os trabalhos em falta ou as correcções necessárias na linha de Sena sejam feitas sem mais prejuízos, para além dos já causados pelo atraso.

Mualeia garante que a sua empresa possui capacidade humana e técnica para realizar o trabalho, sustentando que parte do pessoal que actualmente opera na Companhia dos Caminhos de Ferro da Beira, gestora do sistema ferroviário Centro, foi cedido pelos CFM.

O projecto de reabilitação da linha férrea de Sena foi desenhado com a perspectiva de conferir àquela via uma capacidade para transportar anualmente cerca de 3 milhões de toneladas de carvão, numa perspectiva de, futuramente, vir a receber investimentos adicionais por forma a corresponder ao incremento dos volumes de produção, elevando a capacidade para 15 a 20 milhões de toneladas de carvão por ano.

Os termos do projecto de reabilitação da linha de Sena acordados entre o Estado moçambicano e a RICON, incluem uma componente de manutenção que não chegou a ser concluída.

A obra regista, actualmente, um atraso de cerca de 16 meses, pois em 2008 a RICON prometera que a mesma seria concluída até Setembro de 2009, facto que não aconteceu. A última promessa feita pela concessionária foi de concluir os trabalhos até 31 de Janeiro do ano em curso.

Uma vez expirado novo prazo sem que a promessa fosse cumprida, o Governo, sob proposta dos CFM, decidiu iniciar o processo de rescisão da concessão.

De referir que a 24 de Dezembro de 2010, a RICON recebeu uma notificação com indicação para que os trabalhos em falta sejam concluídos até 24 de Março próximo.

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