Apenas 208 dos cerca de 740 licenciados nos últimos cinco anos foram contratados no mercado moçambicano de emprego e os restantes cerca de 530 continuam em estágio à espera de emprego nas instituições públicas e privadas do país ou pura e simplesmente a “chutar latas”.
Os contratados estão espalhados por vários distritos e a sua integração foi feita no âmbito do Projecto Férias Desenvolvendo o Distrito, em curso desde 2005, com envolvimento de graduados com o nível de Licenciatura de todas as universidades públicas e privadas activas em Moçambique.
“As empresas levam muito tempo com os estágios, facto que desgasta os graduados”, lamentou Ivo Mapanga, coordenador-geral da Associação dos Estudantes Finalistas Universitários de Moçambique (AEFUM), falando esta quarta-feira, em Maputo, à margem dos trabalhos do seminário de capacitação dos jovens finalistas no âmbito daquele projecto.
Na presente edição, a sexta, estarão envolvidos cerca de 400 finalistas universitários que serão colocados em todos os 128 distritos, segundo Teles Manhique, portavoz da AEFUM, destacando que o estágio decorrerá de 17 de Janeiro a 20 de Fevereiro “e aqueles que tiverem sorte terão contratos assinados a partir desta realização”, garantiu Manhique.
Falando no referido seminário, o agro-economista moçambicano Firmino Mucavele instou o Governo e o sector privado a criarem incentivos para mais jovens graduados aceitarem trabalhar nos distritos tidos como pólos de desenvolvimento pelo Executivo do dia.
O encontro, a terminar esta quinta-feira, em Maputo, visa potenciar os estudantes em matéria relacionada com empreendedorismo, noções básicas para elaboração de projectos de geração de rendimento, normas e procedimentos para criação de pequenas empresas e papel dos estudantes no alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), da Organização das Nações Unidas (ONU).