Cerca de 250 mil alunos do Ensino Secundário Geral poderão ficar impedidos de se matricular nas escolas públicas moçambicanas no ano lectivo de 2010, prestes a iniciar, devido a falta de vagas. O Ministério da Educação e Cultura (MEC) assevera que estão a ser envidados esforços no sentido de enquadrar alguns alunos que correm risco de ficar de fora através da construção de novas salas de aulas, criação de turmas alargadas e o encaminhamento de outros ao curso nocturno.
Naima Sau, inspectora-geral do MEC, diz que, para minimizar o problema a sua instituição está também a trabalhar para aconselhar os pais e encarregados de educação a optarem por outras alternativas de ensino.
Citada pelo matutino “Notícias”, disse Naima Sal, estas alternativas passam por matricular os educandos nas escolas comunitárias, privadas, estabelecimentos de ensino Técnico-Profissioal e Vocacional e instituições de ensino à distância, que todos os anos se afiguram como uma opção para os alunos dos diferentes ciclos do Ensino Secundário Geral (ESG), cujos nomes foram excluídos das matrículas dirigidas. “Os pais e encarregados de educação precisam de fazer uma reflexão séria sobre o assunto, começando a gostar e a incutir nos filhos que o mais importante é saber fazer alguma coisa, e isso só pode ser feito apostando no Ensino Técnico-Profissioal ou à distância”, disse Naima Sau.
A inspectora disse que o processo de matrículas continua a decorrer sem sobressaltos, acrescentando que no ensino primário não há problemas de maior, pois a maior procura está nas vagas da 8ª e 11ª classes.
O processo de matrículas teve início a 4 de Janeiro e deverá terminar no dia 12, segundo as previsões do MEC, que prevê abranger cerca de um milhão e 200 mil alunos para a 1ª classe, 488.650 para a 6ª classe, 219 mil da 8ª, e 70.188 da 11ª classe.