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Cerca de 200 pessoas morrem afogadas ao tentarem fugir do conflito no Sudão do Sul

Dezenas de sul-sudaneses afogaram-se quando a embarcação lotada na qual viajavam naufragou no rio Nilo Branco, perto da capital de uma região produtora de petróleo onde as forças do governo e os rebeldes disputam o controle, disseram as autoridades, esta terça-feira (14).

Um porta-voz do governo disse que cerca de 200 pessoas morreram na tentativa de fugir dos confrontos em Malakal, um importante ponto de trânsito e centro administrativo do Estado do Alto Nilo. Outro funcionário encarregado do socorro disse que não podia fornecer um número de mortos devido às precárias condições de comunicação com a região.

“O barco estava superlotado”, disse Banak Joshua, o director-geral da gestão de desastres do Ministério de Assuntos Humanitários. Ele recusou-se a dizer quantas pessoas morreram. “A maioria das vítimas era crianças, porque os adultos provavelmente conseguiram salvar-se nadando”, disse ele à Reuters.

Os rebeldes liderados pelo ex-vice-presidente Riek Machar disseram, esta terça-feira, que assumiram o controle de Malakal, que fica 530 quilómetros ao norte da capital, o que foi negado pelo governo do presidente Salva Kiir, que disse que os seus rivais foram repelidos.

“Houve combates hoje até 17h. Os rebeldes foram repelidos”, disse o porta-voz presidencial Ateny Wek Ateny, respondendo à reivindicação dos rebeldes, que foi feita à margem de negociações de paz em Adis-Abeba.

O porta-voz da Organização das Nações Unidas, Martin Nesirky, disse a repórteres em Nova York que, como resultado da violência desta terça-feira, o número de pessoas desabrigadas que buscam refúgio na base da ONU em Malakal quase dobrou para 20.000.

Aproximadamente 1.000 soldados de paz no local, incluindo 110 policiais recém-chegados, estão a proteger os civis, disse ele. O porta-voz presidencial sul-sudanês disse que 200 pessoas morreram depois de o barco naufragar e acusou os rebeldes de expulsar da cidade os moradores em pânico. Nesirky afirmou que a missão da ONU no Sudão do Sul tentava verificar informações sobre vítimas do acidente.

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