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Centenas de pessoas tentam fugir da República Centro-Africana em voos de emergência

Centenas de pessoas tentaram fugir da violência religiosa na República Centro-Africana para o vizinho Chade, a bordo de voos de emergência, sábado (28), enquanto os países próximos pediram auxílio para ajudar a resgatar os seus cidadãos da crescente crise humanitária.

Actos de violência entre rebeldes muçulmanos Seleka, que tomaram o poder em Março, e milícias cristãs mataram mais de mil pessoas, este mês, na capital Bangui e desalojaram centenas de milhares de outras.

Os confrontos na ex-colónia francesa aumentaram nas últimas semanas, apesar da presença de 1.600 homens da tropa de paz francesa e quase 4 mil soldados da União Africana, enviados por determinação da ONU, para proteger os civis. Bangui estava calma no sábado. As milícias ‘anti-balaka’ têm alvejado os muçulmanos, que elas dizem que estão a apoiar Seleka, durante meses de saques e assassinatos desde Março.

Com muitos atiradores Seleka vindo do Chade, os seus cidadãos têm sido especialmente atacados, estimulando o governo a criar voos fretados, esta semana, para trazê-los para casa. No entanto, muitos daqueles que estavam à espera no calor no aeroporto de Bangui eram muçulmanos centro-africanos que disseram que estavam a fugir do seu país de maioria cristã por medo de represálias.

“Nunca vimos uma violência tão cruel como essa”, disse Aishatou Abdelkarim, de 31 anos, que afirmou ser casada com um chadiano. “O diabo assumiu o controle do nosso país.” Nos primeiros cinco dias de voos, 2.743 pessoas foram levadas para a segurança em N’Djamena, de acordo com a Organização Internacional de Migrações.

Entretanto, isso é apenas uma pequena fração, das centenas de milhares de chadianos que vivem na República Centro-Africana, país sem saída para o mar. Mais de 800 mil pessoas fugiram das suas casas durante a violência deste mês – com cerca de metade delas a buscarem refúgio em Bagui, segundo a ONU.

Na sexta-feira, ela pediu 152 milhões de dólares para ajudar a cobrir despesas com necessidades humanitárias emergenciais, como água potável e saneamento nos acampamentos improvisados.

Vários milhares de pessoas procuraram segurança no aeroporto internacional, onde as forças de paz francesas têm uma base. Mulheres e crianças esperam ao lado de pilhas de malas e bolsas.

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