Centenas de estudantes iemenitas dirigiam-se terça-feira para o palácio presidencial em Sanaa para exigir a queda do regime. “O povo quer a queda do regime”, gritavam os estudantes, recuperando o principal «slogan» da revolta popular no Egito.
Pelo quarto dia consecutivo, os estudantes saíram da universidade para se manifestarem contra o regime do Presidente Ali Abdallah Saleh, no poder há 32 anos. Na segunda-feira, foram registados confrontos em Sanaa entre milhares de manifestantes e apoiantes do chefe de Estado, armados com paus e pedras.
Ainda no domingo, dirigentes dos partidos da oposição iemenita disseram aceitar a proposta apresentada no início deste mês por Saleh para estabelecer um diálogo. Contudo, os partidos condicionam este diálogo ao anúncio de um calendário para a aplicação de reformas políticas e judiciais e ao afastamento de todos os familiares de Saleh que ocupem cargos públicos.
Pressionado pela oposição e pelos protestos de rua, Saleh prometeu a 2 de Fevereiro não se recandidatar ao cargo, não transferir o poder para o filho e não emendar a Constituição para prolongar o actual mandato, que termina em 2013.