Dentre as empresas participantes no encontro, destaca-se a Cervejas de Moçambique que, segundo o seu director comercial, José Moreira, de Agosto de 2008 à Janeiro de 2009, somou prejuízos na ordem de seis milhões de dólares americanos devido à crise financeira internacional.
Moreira disse que, a CDM tem perdido somas avultadas devido ao encarecimento das matérias primas no mercado externo e ainda devido à redução drástica de clientes nacionais devido ao fraco poder de compra e redução do número de turistas estrangeiros em consequência da recessão económica que abala muitos países.
Outro factor referenciado por Moreira relaciona-se com o contrabando de bebidas alcoólicas com destaque para a cerveja, proveniente da África do Sul, vendida à preços muito reduzidos, resultando numa concorência desleal “Temos nos armazéns cerca de 600 mil caixas de cerveja, que não estão a ser compradas, por isso paralizamos algumas linhas de produção” sublinhou Moreira.
Contudo para dar a volta a actual situação, a CDM segundo ainda Moreira, está com previsão de começar a produzir cevada para reduzir as importações da mesma que é indispensável para o fabrico da cerveja e que a mesma seria mais acessível.
Para tal aquele responsável apelou às entidades governamentais para que apoiem a CDM, de modo a concretizar os objectivos traçados, tendo salientado que a referida cevada será cultivada na localidade de Rutanda, província de Manica, numa área de 200 hectares, com capacidade para empregar 150 assalariados numa primeira fase e produzir 250 toneladas de cevada e malte matérias primas usadas no fabrico de cerveja.
De referir que o Governo moçambicano acaba de criar uma equipa interministerial, liderada pelo Ministro das finanças, Manuel Chang, com o objectivo de acompanhar junto das indústrias nacionais, os impactos da crise financeira internacional e delinear linhas de acção com vista a minimizá-los. DP