Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

CCT faz revisão pontual da Lei do Trabalho

CCT faz revisão pontual da Lei do Trabalho

Foto de Fim de SemanaA Comissão Consultiva de Trabalho (CCT) retomou, na quinta-feira, 28 de Fevereiro, em Maputo, as suas actividades, com a realização da primeira sessão plenária do ano, durante a qual se fez o balanço das actividades desenvolvidas no ano transacto, programação das actividades para o presente exercício económico, bem como a revisão pontual da Lei do Trabalho.

O encontro da Comissão, presidida pela Ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, Vitória Dias Diogo, analisou ainda o desempenho Económico e Social de 2018, bem como as perspectivas para o presente exercício económico, entre outros aspectos.

Ao proceder à abertura da sessão, Vitória Diogo referiu-se ao facto de as plenárias deste ano acontecerem num momento particular, caracterizado pelo término de um ciclo de governação e, por outro, o País vai aprofundar o processo de descentralização administrativa, o que impõe também desafios ao diálogo social.

“Temos sobre nós a responsabilidade de discutir uma matéria tão sensível, delicada e até me atrevo a dizer sagrada: o salário. Por outras palavras, estamos a tratar, em última instância, da vida de milhares de compatriotas e cidadãos trabalhadores que residem em Moçambique”, frisou.

A governante exortou às lideranças sindicais e de empregadores para que desenvolvam e massifiquem a negociação colectiva, ao nível da empresa e dos sectores de actividade e, para que isso aconteça, incentivem a implantação de organizações representativas de trabalhadores a nível empresarial, uma vez que o alicerce do diálogo social tripartido de nível nacional ou macro está no diálogo social bilateral entre empregadores e representantes dos trabalhadores.

Para o Governo, conforme sustentou Vitória Diogo, o diálogo social, para além de contribuir para impulsionar o crescimento e o desenvolvimento sócio-económico, constitui-se uma plataforma fundamental para promover paz e estabilidade laboral.

Ainda na ocasião, o representante da Organização dos Trabalhadores Moçambicanos-Central Sindical (OTM-SC), Damião Simango, considerou que a CCT reinicia as suas actividades numa altura em que o País enfrenta vários desafios, nomeadamente os esforços do Governo em estancar a onda de ataques que se regista na província de Cabo Delgado, a gestão das dívidas ocultas e os respectivos processos judiciais em curso, a gestão das calamidades naturais, o custo de vida, entre outros.

“No ano passado, iniciamos a revisão da Lei do Trabalho para o sector privado, cuja conclusão está prevista para este ano. Reiteramos o nosso desejo de que o que resta por ser feito ocorra dentro da normalidade possível”, sublinhou.

Já o representante da CTA-Confederação das Associações Económicas de Moçambique, António de Sousa, fez uma abordagem sobre o salário mínimo nacional, cujas negociações estão à porta.

“Em 2018, na generalidade, as negociações do salário mínimo começaram com dados muito elevados de propostas de sindicatos, sempre em dois dígitos, justificados com o elevado custo de vida e a necessidade de devolver o poder de compra aos trabalhadores, factores que tornaram o processo negocial numa plataforma difícil e baseada em fundamentos sociais que afectaram profundamente as empresas”, indicou António de Sousa.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!