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Causadores dos sinistros rodoviários: Vamos poder conhecer as escolas onde os maus automobilistas se formaram

Causadores dos sinistros rodoviários: Vamos poder conhecer as escolas onde os maus automobilistas se formaram

Foto de Fim de SemanaAs escolas de condução nacionais não devem ficar satisfeitas somente com a quantidade de condutores que formam, mas também com o acompanhamento do comportamento dos mesmos após a formação.

Esta foi a principal recomendação deixada pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, durante o encontro realizado, recentemente, em Maputo, entre o ministério que dirige e as escolas de condução baseadas na cidade e província de Maputo.

De acordo com Carlos Mesquita, é ainda fundamental saber-se em que escolas foram formados os automobilistas que se envolvem em sinistros, uma acção que, a seu ver, servirá de indicador da qualidade de ensino prestado pelas escolas e de que forma elas reagem diante deste cenário.

Mas para que o País possa atingir este nível, o ministro falou da necessidade de se ter um sistema digitalizado para o controlo dos indicadores de sinistros, tendo avançando que “o Instituto Nacional dos Transportes Terrestres (INATTER) está neste momento a trabalhar sobre este aspecto, pois queremos que seja algo devidamente sistematizado e que possa interagir com outros sistemas”.

No entanto, ainda no capítulo dos sinistros, o ministro referiu que é importante a colaboração de todos os sectores envolvidos no tráfego rodoviário para a redução dos acidentes rodoviários.

“Temos de trabalhar todos juntos. A interacção é sempre necessária por forma a se saber o que cada sector está a fazer, no caso o Governo e as escolas, tendo em vista, sobretudo, a redução do índice de sinistralidade nas nossas estradas. Juntos podemos minimizar os acidentes”, disse.

Numa outra abordagem, o governante mostrou-se sensível com as queixas apresentadas pelos responsáveis das escolas, sobretudo no que toca à legislação rodoviária actualmente em vigor no País. Carlos Mesquita falou da necessidade de se revisitar a mesma, assumindo que “todo o processo é dinâmico, até porque há 20 anos não tínhamos um tráfego tão intenso como o de hoje”.

“A legislação quando é feita num determinado período, há contextos e pressupostos que são assumidos para aquele momento”, esclareceu. Preocupante, para o ministro, está também o fenómeno da corrupção, seja nas escolas, seja nas instituições do Estado, que a seu ver é um factor que, igualmente, concorre para que as estradas moçambicanas tenham condutores não devidamente formados.

“Quero novamente apelar a todos vocês para eliminar este fenómeno, pois o vosso trabalho é muito importante para o desenvolvimento do País. Compreendam que vocês lidam e formam pessoas que estarão todos os dias na via pública”, apelou.

Carlos Mesquita recomendou ainda que nos próximos eventos sejam discutidos com profundidade os assuntos ligados à segurança rodoviária.

“Teremos outro encontro já com padrões e parâmetros definidos do que iremos discutir. Como resultado deste encontro, vamos delinear uma série de acções que têm de ser tomadas em consideração, para irmos melhorando aquilo que deve ser aperfeiçoado”, indicou. De referir que a cidade e a província de Maputo contam com 76 escolas de condução, o equivalente a 50% do número total de escolas de todo o País.

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