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Caso do Zimbabwe não pode servir de modelo

Em 2009, seis países da região vão realizar eleições, nomeadamente, Africa do Sul, Angola, Botswana, Malawi, Moçambique e Namíbia.

Por isso, Salomão adverte que se, num determinado momento, “tivermos que seguir o modelo implementado no Zimbabwe, a região carece de uma estrutura, capacidade, meios para que este tipo de soluções ganhe espaço e seja implementado”.

É verdade que no caso do Zimbabwe esta foi a única solução possível nas circunstâncias em que o Zimbabwe se encontrava, explicou Salomão, fazendo questão de frisar que não existem soluções alternativas para processos democráticos telinforma 19.03.09 pag.5 que os próprios países subscreveram nas suas constituições.

A única alternativa, disse Salomão, é a própria democracia, ou seja a adopção de modelos democráticos efectivos. Aliás, este é o mandato principal do GUN no Zimbabwe.

Portanto, uma das lições que se pode tirar do caso do Zimbabwe é que deve-se reforçar a democracia e instituições democráticas, para que os resultados das eleições sejam aceites por todos os concorrentes.

Isso vai permitir a eliminação gradual no continente do discurso de que este modelo de democracia é um modelo inútil, que depois “dá azo a atitudes que não são muito dignas, tais como a contestação de resultados e não aceitação de resultados”.

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