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Caso Bachir: governo aguarda informação dos EUA

O Governo moçambicano diz que continua a aguardar por informações solicitadas aos Estados Unidos da América (EUA) sobre as eventuais provas do envolvimento do presidente do Grupo MBS, Momad Bachir Suleman, indicado pelo Departamento do Tesouro como estando na lista dos barões da droga.

Segundo o ministro do Interior, José Pacheco, citado pelo jornal Noticias, até ao momento nenhuma informação auxiliar relacionada ao assunto trazido ao conhecimento público no início do mês passado foi enviada ao Governo moçambicano, que continua na expectativa de receber dos EUA mais detalhes sobre a acusação. Pacheco sublinhou que todos os canais legais foram usados para solicitar os referidos dados, mas que até aqui ainda não há uma resposta positiva.

Pacheco não referiu exactamente quando é que o Governo solicitou tais informações aos EUA, que já manifestaram a intenção de colaborar com as autoridades moçambicanas. De acordo com Pacheco, a acção do Governo foi mais longe, ao tomar a iniciativa de buscar dados junto da Polícia Internacional (Interpol), sem, contudo, encontrar nenhuma informação relacionada ao assunto. “No banco de dados da Interpol não existe nada com relação a este caso. Ninguém depositou nada que tenha a ver com o cidadão em causa. Já tínhamos dito que a sua ficha está limpa. Reiteramos essa posição.

Portanto, pedimos a sustentabilidade deste assunto, mas nada nos foi respondido. Aguardamos por qualquer informe com vista a esclarecer o assunto o mais rápido possível”, sublinhou Pacheco. De referir que a Procuradoria-Geral da República designou uma equipa de quadros da Polícia de Investigação Criminal, sob direcção, supervisão e orientação técnica do Ministério Público, para averiguar os factos relatados pela comunicação social, na sequência das informações postas a circular pelo Departamento do Tesouro dos EUA. Bachir é acusado pelo Departamento do Tesouro dos EUA de ser um narcotraficante de “grande calibre”, que há muitos anos usa Moçambique como trânsito de drogas do sudoeste asiático e América Latina para a África do Sul e Europa. Segundo o Departamento do Tesouro norte-americano, o “empresário de sucesso” moçambicano há várias décadas que está envolvido no narcotráfico, controlando uma grande rede.

“Ele está envolvido na importação de narcóticos como heroína do sudoeste asiático, marijuana e cocaína da América Latina, que passam por Moçambique com destino a África do Sul e Europa” refere aquele Departamento. Entretanto, todas estas acusações são refutadas por Bachir, que até chega a desafiar as “mais reputadas policias internacionais” a investigar o seu envolvimento no narcotráfico.

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