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Casimiro Givá espera enfrentar nova denúncia criminal

A crise interna que assola o Centro de Formação Islâmica (CFI) tende a gravar-se, agora com denúncias de suspeita de o elenco de Casimiro Givá ter falsificado assinaturas de alguns associados e de ter conseguido reconhece-las no segundo cartório notarial da Beira, na Manga, supostamente de forma fraudulenta.

segundo O Autarca, o assunto será encaminhado ainda no decurso desta semana às autoridades competentes para se proceder as investigações e caso se prove ter havido fraude de facto os implicados incorrem a procedimentos criminais.

Os crimes de falsificação de letra ou escrito – de acordo com o código penal em vigor na República de Moçambique – os seus autores são passíveis de condenação a penas que variam de dois a oito anos de prisão maior.

Ainda sobre o elenco de Casimiro Givá recaem outras denúncias também de natureza criminal, nomeadamente Abuso de Confiança pelo facto de ter inscrito na sua lista nomes de indivíduos que não se identificam com a filosofia do grupo.

O Autarca, segundo afirma, está na posse de cópia de uma carta dirigida a Casimiro Givá pelo membro do CFI Mussagy Ismael Abdul Remane que reclama o uso abusivo do seu nome para cargos directivos no elenco de Givá.

Refira-se, o nome de Mussagy Ismael Abdul Remane consta da lista do elenco de Casimiro Givá como secretário do gabinete de inspecção e auditoria sem, no entanto, este ter sido previamente consultado muito menos ter concordado aliar-se ao grupo em causa.

Além de Mussagy Ismael Abdul Remane, na mesma situação encontram-se outros membros, nomeadamente José Luís Alberto Sualé, indicado como tesoureiro, e Adinane Ibraimo, indicado na mesma lista como chefe-adjunto do gabinete de relações internas e externas, os quais prometeram dirigir cartas de protesto a Casimiro Givá pelo uso abusivo de seus nomes.

Segundo escreveu na sua edição desta Segunda-feira, O Autarca está na posse de informações que dão conta muitos outros associados do CFI cujos nomes figuram da lista de Casimiro Givá não foram consultados e não estão tolerantes perante essa situação.

Retornando a questão de fundo inerente a suspeitas de falsificação de assinaturas e o seu reconhecimento no segundo cartório notarial da Beira, na Manga, presumivelmente de forma fraudulenta, há evidencias de alguns nomes que aparecem na lista de presenças na assembleia geral extraordinária promovida pelo grupo de Casimiro Givá para derrubar o elenco de Momade Bay não terem participado nesse dia, como também algumas assinaturas reconhecidas os próprios não estiveram presentes tanto no dia da assembleia como no dia do reconhecimento no notário da Manga.

O caso está a ser tramitado paralelamente ao nível do Ministério da Justiça, do Ministério Público, da Polícia de Investigação Criminal e do Gabinete Anti-Corrupção, podendo implicar não somente a Casimiro Giva e o seu elenco, como também os funcionários que se presume terem cometido o delito de forma consciente.

Sabe-se, entretanto, recai sobre Casimiro Givá um processo judicial interposto ao Tribunal Judicial Provincial de Nampula, do qual o visado é denunciado de ter beneficiado de forma ilícita de cerca de oitocentos mil meticais da Universidade Mussa Bin Bique, pertencente ao Centro de Formação Islâmica e que se revela a principal fonte de arrecadação de receitas para o desenvolvimento das actividades do CFI.

Entretanto, tentamos sem sucesso abordar Casimiro Givá, das vezes que tentamos estabelecer comunicação com ele o número do seu telemóvel sempre nos atendia secretária electrónica, mas deixamos gravada mensagem referindo o assunto em causa.

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