Alguns locais de venda de carvão vegetal na cidade de Maputo têm vindo a registar uma escassez nos últimos dias devido as chuvas que fustigaram a zona sul de Moçambique durante a semana passada.
Os vendedores dizem que a falta de carvão deve-se a intransitabilidade das vias de acesso, razão pela qual os camiões de transporte encontram-se paralisados.
Ricardo Arnaldo, vendedor de carvão, no mercado Adelino, junto a Praça dos Heróis, explica que os camiões deixaram de trazer carvão nos últimos dias, enquanto nos poucos locais onde ainda existe aquele combustível lenhoso está a um preço inacessível para a maioria das pessoas.
?Desde que começou a chover estamos sem carvão e não podemos fazer nada a não ser esperar que as águas que inundaram as estradas passem completamente?, disse.
O mesmo desespero também foi manifestado pela vendedora Ana Samuel. Ela afirma que o carvão está caro e nenhum revendedor consegue comprar e, como consequência, acabaram ficando com a sua fonte de sustento comprometida.
A semelhança dos outros vendedores Flórida Enosse disse que as chuvas estragou o negócio. Aliás, Enosse foi mais longe ao dizer que já nem possui carvão para o seu próprio consumo.
O carvão vegetal é o combustível usado pela maioria da população moçambicana para preparar as refeições. Geralmente, o preço de um saco varia entre 700 a 800 meticais (cerca de 25 dólares ao câmbio corrente).