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Carvão de Moatize renderá USD 18 milhões dentro de 20 a 30 anos

A exportação do carvão mineral da província central de Tete para Austrália, Índia, Brasil, Japão e Correia do Sul deverá render a Moçambique cerca de 18 milhões de dólares norteamericanos/ano, dentro dos próximos 20 a 30 anos, segundo projecções avançadas pela Associação Moçambicana para o Desenvolvimento do Carvão (AMDC).

Nessa altura deverão ser exportadas por ano cerca de 100 milhões de toneladas de carvão mineral siderúrgico, segundo Casimiro Francisco, presidente do Conselho de Administração (PCA) da AMDC, explicando que o produto será produzido nas regiões de Benga e Moatize, em Tete.

Francisco destacou que aquele recurso energético “vai criar um desenvolvimento jamais visto na economia moçambicana”, dando exemplo da criação das centrais eléctricas de Benga e Moatize, cuja produção já na sua fase mais avançada será de perto de dois mil megawatts, “que é a actual capacidade de produção de energia eléctrica da Hidroeléctrica de Cabora Bassa (HCB)”.

Este potencial, sublinhou o PCA da Associação Moçambicana de Desenvolvimento do Carvão, poderá aumentar a disponibilidade de energia no país, “criando condições para a atracção de mais investimentos, inclusive, para a instalação da fábrica de aço e outros empreendimentos”.

Sabe-se que a central eléctrica de Benga deverá custar cerca de 1,25 bilião de dólares norte-americanos e produzir aproximadamente 600 megawatts, a partir de 2013, não havendo informações concretas sobre a central eléctrica de Moatize, cuja construção também está prevista para os próximos anos na província de Tete.

Por outro lado e segundo ainda o PCA da AMDC, o transporte e manuseamento de carvão mineral poderá deixar na economia nacional outros cerca de 2,5 mil milhões de dólares norte-americanos a resultarem de milhares de vagões que serão necessários para o transporte de carvão, o que implicará a instalação de uma indústria que possa oferecer serviços de reparação e fabrico daqueles equipamentos.

Plano estratégico

Debruçando-se ainda sobre os resultados a advirem do carvão mineral de Tete, Casimiro Francisco prevê que mais investimentos são necessários para que não só o corredor da Beira seja solução, mas também o de Nacala e outros que vierem a ser concebidos para facilitar o escoamento do recurso para o mercado externo.

“Há necessidade de se elaborar um plano estratégico do sector de carvão, em que constem o cronograma das actividades, as metas a atingir, bem como as projecções de oportunidades existentes”, destacou o PCA da AMDC, advertindo, no entanto, que na área de Emprego nem todos terão trabalho nas empresas carboníferas, mas que poderão têlo em empresas ou serviços afins.

Refira-se, entretanto, que se encontram filiadas na Associação Moçambicana do Carvão perto de três dezenas de empresas mineiras com licenças para prospecção, pesquisa e/ou exploração de carvão, sendo as mais expressivas as companhias Vale Moçambique e Riversdale.

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