Um carro-bomba atingiu a região central de Damasco, esta Quinta-feira (21), matando pelo menos 31 pessoas e destruindo carros numa rua movimentada perto de escritórios do partido governista Baath e da embaixada da Rússia, disseram os activistas.
Imagens de televisão mostraram pelo menos quatro corpos espalhados pela rua após a explosão, que a mídia estatal descreveu como um atentado suicida cometido por “terroristas” que combatem o presidente Bashar al-Assad.
A região central Damasco tem ficado relativamente distante do conflito de quase dois anos que já matou cerca de 70.000 pessoas em todo o país, de acordo com a ONU.
Mas os rebeldes que controlam os bairros ao sul e leste da capital passaram a atacar o centro do poder de Assad há quase um mês, e têm realizado alguns bombardeios devastadores.
O grupo rebelde Al Jabhat Nusra, ligado à Al Qaeda, assumiu a responsabilidade por vários desses ataques. A explosão desta Quinta-feira, que segundo os activistas foi seguida por pelo menos três outras explosões em diferentes lugares de Damasco, resultou numa espessa nuvem de fumaça negra no céu sobre o distrito de Mazraa.
A agência de notícias russa Itar-Tass citou um diplomata dizendo que a explosão estourou janelas da embaixada russa, que está de frente para a rua onde houve a explosão, mas ninguém ficou ferido.
“O prédio foi realmente danificado… As janelas estão destruídas”, disse o diplomata. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo britânico que monitora a violência na Síria, disse que o carro-bomba explodiu perto de um edifício do partido Baath, cerca de 200 metros ao sul da embaixada russa, e que a explosão causou pelo menos 31 mortes.
A agência de notícias oficial síria Sana disse que entre os mortos estão crianças de uma escola de Mazraa, que foi descrito como um bairro residencial da capital.
Agências