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Cancro mata mais de duas mil pessoas em Moçambique

Os cancros do colo do útero, da mama e da próstata matam 2.556 pessoas, anualmente, em Moçambique, devido, em parte, ao diagnóstico tardio e às limitações sanitárias.

Segundo o Ministério da Saúde (MISAU), as limitações com que as unidades sanitárias se debatem impedem o atendimento adequado e atempado e o custo da vacina para esses tipos de cancro é elevado, facto que dificulta a sua aquisição.

Em Moçambique, ainda de acordo com o MISAU, em cada 100 mulheres, 32 sofrem de cancro do colo do útero, por exemplo. Em cada 100 pacientes, 64 morrem por causa da diagnosticação da doença já num estado avançado e por insuficiência dos cuidados de saúde.

O director nacional da Saúde Pública, Mouzinho Saide, explicou que as altas incidências dos cancros do colo do útero, da mama e da próstata resultam da mudança de estilos de vida, nomeadamente o elevado consumo do tabaco, a álcool, a radiação solar, a poluição ambiental, o consumo de substâncias gordurosas, a actividade desregrada, o sedentarismo, a falta de exercício físico, a exposição ao stress, o inicio precoce da actividade sexual, a multiplicidade de parceiros, o elevado índice de HIV/SIDA, dentre outros factores.

A única forma de reduzir o número de mortes, o sofrimento e a dor de muitos moçambicanos sujeitos a essas doenças, é a prevenção que consiste na detecção precoce dessas enfermidades e ter-se um tratamento adequado, através da radioterapia e quimioterapia em casos mais graves. Contudo, estes procedimentos acarretam elevados custos para o Governo; por isso, nalgumas vezes tem de transferir os doentes para a vizinha África do Sul, disse Saide.

Refira-se que esta informação foi avançada esta terça-feira 23, em Maputo, no enceramento da sétima conferência sobre o cancro da mama, do colo do útero e da próstata em África.

O evento, no qual as primeiras-damas do continente comprometeram-se em promover acções de rastreio e advocacia para garantir o acesso universal ao tratamento e a meios de prevenção, realizou-se sob o lema “Juntos Podemos Salvar Vidas”.

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