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Campanha anti-corrupção de Xi Jinping já supera 1 milhão de punições a membros do partido Comunista

Mais de 1,2 milhão de integrantes do Partido Comunista da China (PCCh) receberam punições no curso da campanha anti-corrupção iniciada pelo actual presidente, Xi Jinping, desde a sua chegada à Secretaria-Geral do partido em 2012, revelou nesta segunda-feira o órgão anti-corrupção do PCCh. Pena que o partido que Governa Moçambique desde 1975, e que tanto se inspira na contra-parte chinesa, no que a corrupção diz respeito não segue o exemplo.

As sanções, que oscilaram entre indiciamento judicial e condenação dos envolvidos a simples aberturas de expedientes, foram ditadas após a Comissão Central de Disciplina do PCCh estudar 1,16 milhão de casos de más práticas nos âmbitos do partido e do Governo, afirmou o subdirector desse órgão, Wu Yuliang.

Em entrevista coletiva para apresentar o desenvolvimento da campanha, Wu também informou que nos mais de quatro anos transcorridos desde o 18º Congresso do PCCh, no qual Xi foi eleito secretário-geral e começou a maior caça de corruptos da história do partido, foram ditadas sanções para 223 membros do alto escalão.

Entre os integrantes principais que receberam punições estão o ex-ministro de Segurança Pública Zhou Yongkang, condenado à prisão perpétua por corrupção em 2015, e Ling Jihua, ex-secretário pessoal do ex-presidente da China (Hu Jintao), também sentenciado à prisão para o resto da vida no ano passado.

Outra “vítima” de destaque foi o ex-general Guo Boxiong, antigo vice-presidente da Comissão Militar Central e, portanto, um dos homens mais influentes do exército chinês em anos passados, que também foi condenado à prisão perpétua em 2016.

Wu afirmou na entrevista colectiva de que a luta anti-corrupção do PCCh, que alguns críticos do regime vêem como um estratagema de Xi para acabar com facções rivais no partido, tem amplo apoio popular, com aprovação superior a 75% nas pesquisas de 2012 e a 92,5% nas de 2016.

O director do Departamento Internacional da Comissão Disciplinar, Liu Jianchao, acrescentou hoje que desde que outra campanha teve início em 2014, chamada “Caça à Raposa”, para localizar integrantes corruptos do primeiro escalão que estão foragidos no exterior, foi possível deter e extraditar 2.566 destes suspeitos refugiados em outros países. Para isso foram necessárias as assinaturas de 48 acordos de extradição com diversos países, ressaltou Liu, que mencionou especiaficamente os firmados com Espanha, França e Itália.

Dos extraditados, 37 se encontram na lista dos 100 mais procurados que o regime comunista elaborou e publicou para dar alcance internacional a sua luta contra a corrupção no âmbito do partido e das instituições oficiais.

O Governo de Xi propõe a luta contra a corrupção como um de seus principais objectivos, algo que veio acompanhado, no entanto, de um aumento da repressão e da censura no país asiático. Xi tornou famosa sua expressão de “perseguir tigres e moscas”, no sentido de punir qualquer conduta inadequada dos funcionários, sem levar em conta seu poder dentro do PCCh e do governo.

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