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Caixa-preta do voo AF447 é encontrada sem dados

O equipamento que contém os parâmetros do voo AF447, que caiu no dia 31 de maio de 2009 na rota Rio-Paris, foi encontrado esta quarta-feira na área do acidente, segundo o BEA, a agência civil francesa que investiga as causas do acidente. Mas o módulo de memória ainda continua desaparecido.

Segundo o comunicado da agência, o FDR (Flight Data Recorder), que registra os parâmetros de voo (velocidade do avião, controle da turbina ou comandos da tripulação) foi achado sem o módulo que protege e contém seus dados. O cockpit voice recorder (CVR), que registra a voz da cabine do piloto, ainda não foi encontrado.

De acordo com o comunicado do BEA, o FDR foi localizado pelo robô Remora 6000 depois de uma operação de 12 horas, realizada nesta terça-feira. O módulo de memória que contém as informações do voo, entretanto, deslocou-se do equipamento, segundo a agência. A assessora de imprensa do BEA, Martine Del Buono, disse à RFI que ainda é possível encontrar o módulo. As buscas para localizar o equipamento continuaram na manhã desta quarta-feira.

Ao lado do FDR também foram visualizados alguns dos destroços da aeronave, localizados em uma área de 1.200 km2, a cerca de 300 quilômetros da costa brasileira. Ainda de acordo com Del Buono, não há sinais do cockpit voice recorder. As caixas-pretas do Airbus 330 são concebidas para resistir à pressão marinha de até 6 mil metros de profundidade e até 1100 °. As balizas do equipamento emitem sinais sonoros ininterruptamente até 30 dias depois da queda.

Para o diretor-executivo da Associação dos Familiares das Vítimas do AF447, Marteen Van Sluys, faltam informações técnicas sobre o anúncio do BEA “Uma caixa de ligas metálicas (titânio, chumbo e aço predominantemente) não se abre como uma ‘casca de siri’ e perde sua placa de memória”, declarou à RFI.

Na França, a família de uma das vítimas do acidente prestou queixa, acusando o BEA de “colocar obstáculos para impedir que a verdade sobre o acidente venha à tona.” De acordo com o a advogada da família, Yassine Bouzrou, “o BEA poderia, desde o início, ter identificado o avião, e não fez por razões inexplicáveis.”

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