Para continuarmos  a fazer jornalismo independente dos políticos e da vontade dos anunciantes o @Verdade passou a ter um preço.

Cães “assilvestrados” em Inhambane

As noites dos bairros periféricos da cidade de Inhambane fazem lembrar – para quem viu – um filme chamado “O cão”. Em muitas ruas vagueiam caninos em liberdade, ameaçando os transeuntes. E as autoridades municipais já vieram publicamente dizer que iriam encetar uma luta para abatê-los. Mas até hoje essas palavras não passam de retórica.

Têm-se registado casos de mordeduras. Nos bairros que agora se vão urbanizando, esses animais chegam a invadir, mesmo de dia, quintais alheios à procura de alimento, porque, por aquilo que se depreende, os donos não cuidam deles. Há relatos de cães que devoram galinhas e, recentemente, um cabrito foi atacado e morto e depois transformado em pitéu. Não vamos citar o nome do dono do vadio, mas teve de ressarcir os proprietários.

A maior parte das casas não tem um muro consistente de protecção e os animais vagueiam como querem. Não é pacífico andar à noite, com temor ao pior. Há uma revolta contra a edilidade, que é chamada a pôr cobro à situação. O cão é um animal de estimação.

É um guarda. E não pode andar à solta. Pior ainda, quando não é alimentado em casa procura o sustento em espaços alheios. “Assilvestra- se”. Torna-se vadio e uma ameaça pública, pois nunca se sabe se está ou não vacinado contra a raiva.

É sabido que um animal doméstico como o cão, que se “assilvestra”, torna-se feroz. E é aquilo a que se assiste em quase todos os bairros suburbanos de Inhambane. Os donos desses caninos não percebem que um animal daquela espécie tem que ser educado. Não pode andar na rua, importunando ou amedrontando quem passa.

E o município tem a responsabilidade de dar a paz aos seus habitantes. Nas noites de luar, quando normalmente os bichos entram em cio, o caso torna-se mais grave. É perigoso passar por um lugar onde há disputa dos machos pelo cruzamento com a fémea. Já se ralataram casos de pessoas mordidas nessas ocasiões. O cão não é para andar sozinho na rua.

É para ficar em casa. Mas há um caso insólito no bairro de Nhapossa. Existe um gigantestco cão criado por um boer: um rottweiler. Aterrador no aspecto. Anda à solta. Conhece as pessoas da zona. Não ataca ninguém. Foi educado para conviver com os vizinhos. Visita as casas. As pessoas que vivem ali já estão habituadas ao animal. Não têm medo dele. À noite recolhe e guarnece a casa do dono. É um caso de estudo.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts

error: Content is protected !!