Pelo menos 55 militantes foram mortos quando caças turcos atacaram acampamentos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no norte do Iraque durante a noite, disseram fontes da área de segurança neste sábado, num momento que Ancara não mostra sinais de amenizar os ataques contra rebeldes antes da eleição de 1 de Novembro.
Os caças decolaram de uma base em Diyarbakir, sudeste da Turquia, e retornaram sem sofrer danos, disseram as fontes.
O sudeste turco, amplamente curdo, tem sido atingido por ondas diárias de combates entre membros do PKK e das forças de segurança desde o fracasso de um cessar-fogo em Julho. As forças de segurança responderam lançando frequentes bombardeios no montanhoso norte do Iraque, onde o PKK tem acampamentos.
É a pior onda de violência vivida pela Turquia, que é membro da aliança militar Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em duas décadas, coincidindo com os combates ao longo da fronteira com a Síria, envolvendo tropas do governo e militantes do Estado Islâmico.
O PKK iniciou a sua rebelião separatista em 1984, deflagrando um conflito que já matou mais de 40 mil pessoas. O grupo, que agora afirma lutar por uma maior autonomia para os curdos, é classificado de organização terrorista pela Turquia, pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América.
O presidente turco, Tayyip Erdogan, prometeu que os combates continuarão “até que não sobre sequer um terrorista”. O conflito ganhou intensidade em um momento em que a Turquia se prepara para eleições parlamentares em 1 de Novembro, após uma votação inconclusiva em Julho.