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Caças sírios bombardeiam anel viário em Damasco para conter os rebeldes

Jactos do governo sírio bombardearam, esta Quinta-feira (7), o anel viário de Damasco numa tentativa de conter o avanço rebelde rumo à capital, disseram os comandantes insurgentes e activistas de oposição.

Os aviões militares dispararam foguetes contra a parte sul da estrada, onde os rebeldes vinham, desde Segunda-feira, conquistando posições militares e barreiras rodoviárias.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, que há 22 meses enfrenta uma revolta em que 60 mil pessoas já morreram, perdeu o controle de grandes áreas da capital, mas as suas forças, apoiadas pela sua aviação, conseguem manter os rebeldes afastados do centro da cidade.

“O regime realmente quer recuperar as suas posições no anel viário. Essa é uma importante linha defensiva para a capital”, disse à Reuters o comandante rebelde Aby Ghazi, que está no subúrbio de Irbreen, na zona leste.

Ghazi disse que os rebeldes chegaram aos arredores da praça Abbaside, a principal da cidade, onde os militares transformaram um estádio de futebol em quartel. As restrições das autoridades ao trabalho da imprensa independente dificultam a confirmação desses relatos.

Segundo os rebeldes e activistas, as unidades da Guarda Republicana instaladas no imponente monte Qasioun, com vistas para a capital, dispararam foguetes e tiros de canhão na direcção de Jobar, um bairro da zona leste, vizinho à praça, e contra o anel viário.

Os moradores de Damasco, já acostumados aos sons da guerra, disseram que os disparos desta Quinta-feira estiveram entre os mais fortes que eles já ouviram. “Eles ficaram insanos. Todos eles. São insanos”, disse ao telefone um morador do centro de Damasco.

A imprensa estatal disse, esta Quinta-feira, que o Exército rechaçou os rebeldes de Jobar e doutros bairros da zona leste. Acrescentou que seis pessoas, inclusive uma mulher e três crianças, foram mortas por um morteiro rebelde que caiu numa rodoviária do bairro de Al Qaboun, na zona leste, e que várias pessoas ficaram feridas gravemente.

Mas Fidaa Mohammad, ativista no bairro, disse que os mortos eram membros dos “comités populares”, uma milícia constituída pelo aparato de inteligência do Partido Baath, de Assad, para ajudar o presidente a manter o controle da capital.

Os activistas disseram que 46 pessoas morreram, esta Quinta-feira, principalmente por causa dos bombardeios nos bairros de Jobar e Zamalka, que ficam próximos a quartéis governamentais.

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