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Caçador furtivo detido na posse de 122 comprimidos em Mágoè

Um presumível caçador furtivo, que responde pelo nome de Bento Cambadzo, de 50 anos de idade, natural de Chintopo, Tete, foi detido na semana passada pelas autoridades policiais na posse de 122 comprimidos para o envenenamento de animais, através da fontes de água na selva.

O envenenamento, segundo o jornal Diário de Moçambique, é uma estratégia dos furtivos para evitar o barulho das armas de fogo, porque alerta os fiscais e as autoridades policiais em Mágoè, um dos distritos de Tete ricos em recursos faunísticos.

A Polícia da República de Moçambique (PRM) descobriu esta artimanha dos caçadores furtivos, pelo que Cambadzo foi surpreendido com 122 comprimidos, facto que levou à sua detenção.

Ele foi capturado durante a operação que culminou igualmente coma detenção de quatro indivíduos, que tinham abandonado as suas armas de caça furtiva na região de Chimondzo, mais concretamente em Camberembende.

Uma nota da Polícia da República de Moçambique refere que os detidos respondem pelos nomes de Keniade Djane, de 43 anos de idade, de nacionalidade zimbabweana, Gribeth Lofo, de 34, Joseph Emílio Catuluza, de 19, e Albaque Quiniasse, de 35, todod naturais de Chinthopo.

“Importa frisar que esta operação contou com o grande trabalho de inteligência policial, pois, das pistas existentes, foi possível chegar aos quatro indiciados deste acto” – sublinha a fonte documental, assinada por Jaime Bazo, porta-voz da corporação na província de Tete.

As autoridades policiais não revelaram os animais que poderiam ser mortos através do envenenamento das águas com recurso a comprimidos, mas é provável que se trate de elefantes e outros que possam fornecer troféus para tráfico, em particular marfim.

Segundo o Diário de Moçambique, das quatro armas apreendidas, uma é de tipo AK47 e outra metralhadora 7,7 as restantes duas são de fabrico artesanal, conhecidas localmente por “guguda”.

No entanto, o facto de Máguè ser um distrito rico em recursos faunísticos levou a que o Governo provincial de Tete projectasse a criação de um parque, cuja proposta será submetida ao Conselho de Ministros para a sua aprovação.

Será, segundo o Diário de Moçambique, chamado Parque Nacional de Máguè (PNM) para a conservação da biodiversidade (flora e fauna bravia), cuja proposta para sua criação foi aprovada pelo executivo de Tete.

Na referida área existem abundantemente elefantes, leões, búfalos, leopardos, hipopótamos e crocodilos, bem como outras espécies faunísticas que precisam de ser preservadas, de modo a que não se extingam.

O PNM terá dimensão de 3.558 quilómetros quadrados, sendo que uma pequena porção pertence ao adjacente distrito de Cahora Bassa.

Prevê-se que sejam abrangidas dez mil pessoas, as quais serão deslocadas para locais seguros, isto é, menos propensos aos ataques pelos animais bravios.

Actualmente, decorre o processo de auscultação da comunidades, de modo a ouvir as suas sensibilidades, que constarão da proposta a ser submetida ao Conselho de Ministros para a sua aprovação.

A ser aprovada a criação do Parque Nacional de Máguè, Moçambique passará a contar com sete unidades do género.

Actualmente existem os parques nacionais das Quirimbas, Gorongosa, Banhini, Zinave, Limpopo e arquipélago do Bazaruto. O país tem também sete reservas nomeadamente do Niassa, Gilé, Marromeu, chimanimani, Pomene, Maputo e a recentemente criada Reserva Nacional da Marinha da Ponta do Ouro.

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