Os residentes do bairro de Napipine, arredores da cidade de Nampula, acusam os brigadistas do Posto de Recenseamento Eleitoral que funciona na Escola Primária do mesmo nome de estarem a cobrar dinheiro, alegadamente para facilitarem aquisição dos respectivos cartões.
De acordo com os denunciantes, o sistema de cobrança, cujos valores variam entre 20 a 50 meticais, é mais notório quando se trata de eleitores que, por vários motivos, pretendem adquirir um novo cartão ou proceder a actualização, de acordo com a lei eleitoral. Entretanto, a supervisora da brigada em causa, Adelaide Fernando Xavier, afirmou que a denúncia não tem qualquer fundo de verdade, mas referiu que é frequente aparecerem pessoas naquele posto com intenções de provocar desordem, exigindo que sejam os primeiros a serem atendidos.
Nós nunca cobramos quaisquer valores como condição para emitir cartões de eleitores para quem quer que seja. Durante a nossa formação aprendemos regras de trabalho de acordo com a lei eleitoral. Observou.
A nossa entrevistada disse que a prioridade tem sido concedida apenas em determinados casos, designadamente mulheres grávidas, pessoas idosas, deficientes físicos que não conseguem permanecer muito tempo em pé na bicha e, a título excepcional, a estudantes das Escolas Primárias e Secundárias que estejam em processo de avaliações.