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Brasil x Coreia do Norte

A Seleção Brasileira vai estrear no Campeonato do Mundo contra a Coreia do Norte, às 20h30m, no Ellis Park, em Joanesburgo. Num Mundial de futebol, dizer que o Brasil chega como favorito é quase uma redundância. Para os donos de cinco títulos mundiais, não existe opção que não a de lutar por mais uma estrela para a camisa amarelinha. A reacção dos adeptos durante as eliminatórias mostra bem a exigência existente no país. Após sair das sombras e alcançar impetuosamente a última fase das eliminatórias asiáticas, a Coreia do Norte desafiou o improvável e assegurou uma das quatro vagas automáticas do continente para a Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010.

Quando assumiu o cargo em Agosto de 2006, Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, já havia vivido de tudo como jogador da selecção: o facto de ser considerado um dos culpados pela decepção na Copa de 90 à alegria de levantar a taça quatro anos depois. Mas a missão de comandar o Brasil foi nada menos que o seu primeiro trabalho como treinador. Dunga rebateu as críticas à falta de experiência e à formação supostamente defensiva de forma irrefutável: ganhando.

Depois de na Alemanha em 2006 ter chegado como favorito absoluto para defender o título conquistado em 2002, o mundo estava ansioso por se encantar com o “Quadrado Mágico” formado por Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano. Embora tenha mostrado apenas relances de magia, a equipa de Carlos Alberto Parreira bateu a Croácia, a Austrália e o Japão na primeira fase e Gana nos oitavos-de-final e chegou aos quartos-de-final para um reencontro com a França de Zinedine Zidane. Mas a hipótese de vingar a final de 1998 virou outra decepção com um golo de Thierry Henry, que frustrou o sonho do sexto título mundial.

Dois terços dos jogadores norte-coreanos elenco jogam em clubes do próprio país, mas é o pequeno contingente do exterior que fornece as peças vitais para a máquina nacional. O atacante de 27 anos, Hong Yong-Jo, é uma delas. Em óptima fase, o jogador do Rostov da Rússia anotou quatro golos durante a competição.

Ao lado dele, Jong Tae-Se, que actua no futebol japonês, tem o poder e a velocidade necessários para penetrar em qualquer defesa. Já o meio-campista Mun In-Guk joga na liga doméstica e é o responsável por ditar o ritmo da equipa, enquanto as mãos ágeis do guarda-redes Ri Myong-Guk são garantia de segurança na meta norte-coreana.

Kim Jong-Hun tinha apenas 11 anos quando a selecção fez história na Inglaterra 1966. Agora, 43 anos depois, foi ele quem guiou o país de volta ao topo do futebol mundial. Tendo em mãos um seleccionado com pouca experiência internacional, o treinador optou por uma abordagem pragmática e defensiva em torno da disciplina e do trabalho em equipa. No que permanece como uma das maiores e mais memoráveis partidas da história da Copa do Mundo da FIFA, os norte-coreanos enfrentaram Portugal, nesse longínquo ano de 1966, e adiantaram-se no marcador chegando aos três golos de vantagem em apenas 25 minutos. Do outro lado, no entanto, havia ninguém menos que Eusébio, cujos quatro golos na reviravolta espectacular por 5 a 3 mandaram a selecção portuguesa às semifinais e a sensação do torneio de volta para casa.

Os onze de Dunga: Julio César, Maicon, Lúcio, Juan, Michel Bastos, Felipe Melo, Gilberto Silva, Elano, Kaká, Robinho, Luis Fabiano.

Os onze de Jong-Hun Kim: Ri Myong-Guk, Cha Jong-Hyok, Pak Chol-Jin, i Jun-Il, i Kwang-Chon, Nam Song-Chol, Pak Sung-Hyok, Kim Yong-Jun, Mun In-Guk, Hong Yong-Jo, Jong Tae-Se.

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