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Brana expõe as “Crónicas de Maputo”

“Crónicas de Maputo” é como se chama a mostra de arte contemporânea que inaugura na noite de hoje, quarta-feira, 06 de Fevereiro, na Mediateca do BCI – Espaço Joaquim Chissano. As obras de autoria da artista plástica sérvia, Branislava Stojanovic (Brana) – que se torna célebre entre os moçambicanos – constituem a sua primeira mostra individual para o ano 2013 podem ser apreciadas até o dia 16 do mês corrente.

Branislava Stojanovic é uma artista plástica sempre presente no cenário das artes plásticas moçambicanas. Por exemplo, em Maio do ano passado, a par do se colega italiano, Sérgio Luzzi, Brana expôs uma “Sinfonias de Cores”.

Na referida mostra, em que uma diversidade de colorações tratadas com rigor para causar um espanto e prender a atenção dos apreciadores de artes contemporâneas na tela, ambos, além de glorificarem as cores e as sonoridades, exaltando os valores da liberdade, fraternidade e solidariedade, rechaçando, por essa via, as crises políticas e sócio-económicas que, vezes sem conta, se têm abatido sobre o mundo.

Mas antes, em Outubro do ano antepassado, entre as várias aparições artísticas realizadas de forma colectiva, Branislava Stojanovic partilhou s seus pontos de vista em relação ao tema da paz em oposição à guerra.

Na época – como actualmente – tratou-se de uma exposição oportuna na medida em que enquanto o discurso oficial do Governo moçambicano clamava pela manutenção da paz e o combate à pobreza – opostamente a isso – um outro grupo social (enorme) dava indícios claros de que a paz, esta condição indispensável para o desenvolvimento do país, podia estar ameaçada.

Com Brana, Gonçalo Mabunda e Mauro Pinto, outros dois artistas plásticos contemporâneos associados por um passado comum, algumas experiências em ambientes de conflito armado, assumiram, na ocasião, o seu papel social (de cidadãos e de artistas) para, através da arte, denunciarem os seus “pontos de vista” a favor da manutenção da paz.

Este ano, com uma vivência de mais de quatro anos em Moçambique, particularmente em Maputo, Brana decidiu revelar aos apreciadores da sua pintura e não só, aquilo que ela acha de crónico na capital moçambicana. A exposição é constituída por 40 obras que retratam a vivência e a paixão, mesmo sem ignorar algumas desilusões.

Diz-se que, na sua produção, “é visível a admiração que nutre pelas suas terras vermelhas, pelo verde das acácias, pelas gentes jovens revestidas de cores quentes simbolizadas na capulana, de tradição longínqua, que cobre as coxas das donzelas desta terra há séculos”.

O artista plástico moçambicano, Hélder Nhackotou, que fará a apresentação oficial da pintora e da sua produção para o público, considera que Brana é uma artista plástica multifacetada, possuindo um pulso artístico que sai da alma e de várias formações e experiências, por si passadas ao longos de longos anos de relação com a paleta de cores, os pinceis entre outros adereços por si aplicados, incluindo a capulana.

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