Os punhos dos irmãos Máquina e de Watch António valeram três medalhas de ouro ao Matchedje e o título de campeão da cidade de Maputo. O Ferroviário quedou-se na segunda posição com uma medalha de ouro e três de prata.
Os combates da final tiveram no lugar no último sábado e decorreram no salão anexo ao pavilhão do Estrela Vermelha, a catedral do boxe moçambicano.O primeiro embate colocou frente a frente os dois maiores clubes da modalidade no país: Matchedje e Ferroviário de Maputo. Estava em disputa a primeira medalha de ouro do dia. Para o efeito, dois pugilistas na casa dos 49 quilos entraram em cena, designadamente Juliano Máquina e Hélio Castelo.
Refira-se, contudo, que Juliano Máquina, do Matchedje, já tinha deixado pelo caminho um atleta do Ferroviário. Portanto, cabia a Hélio Castelo vingar o seu colega de equipa. Debalde. Máquina não deu hipóteses e encerrou a contenda com um 3-0.
No segundo combate, nos 56 quilos, Cremildo Guifutela tratou de equilibrar as coisas e até deixar o Ferroviário com vantagem no quadro de medalhas. Venceu de forma categórica e colocou os locomotivas com uma medalha de ouro, uma de prata e uma de bronze. O Matchedje, fruto de derrota de Jacinto Domingos, ficou com a medalha de prata.
Essa vantagem dos locomotivas seria desfeita no combate seguinte, o qual colocou dois atletas dos militares na disputa pelo ouro. Porém, Wacth António, medalha de bronze nos Jogos Africanos de Maputo, não deu hipóteses ao seu colega de equipa, Vasco Francisco. Estava encontrado o rei dos 60 quilos.
Nos 64 há um atleta sem adversários. Trata-se de André Simeão, da Academia Paulo Jorge. Protagonista do único combate que não chegou ao fim, Paulo Lourenço, do Ferroviário de Maputo, viu o combate ser interrompido pelo árbitro e, assim, o seu desejo de derrotar Simeão gorado. Um corte no sobreolho ditou a derrota de Lourenço.
No último combate, Gento Máquina, do Matchedje, derrotou Mércio Mahumane, do Ferroviário, num combate inserido na categoria dos 69 quilos.