Explosões de bombas em Bagdade mataram mais 20 pessoas nesta sexta-feira no fim de uma semana de derramamento de sangue que fez um enviado da Organização das Nações Unidas alertar que o Iraque estava “em uma encruzilhada”.
Mais de 160 pessoas foram mortas desde terça-feira, quando tropas de segurança invadiram um acampamento de protesto sunita perto de Kirkuk, provocando confrontos que rapidamente se espalharam para outras áreas sunitas nas províncias do oeste e norte.
Embora bem abaixo dos patamares de 2006/2007, a violência desta semana foi a mais abrangente desde que as tropas dos Estados Unidos deixaram o Iraque em dezembro de 2011. Ataques de militantes aumentaram neste ano, já que a guerra civil na vizinha Síria tem pressionado o frágil equilíbrio étnico e sectário do Iraque.
Em Bagdade e nos arredores da capital iraquiana oito pessoas, incluindo um soldado, foram mortas em uma série de explosões de bombas no lado de fora de mesquitas principalmente sunitas. Mais tarde nesta sexta-feira, um carro-bomba matou sete em uma movimentada área comercial no sul da cidade.
No reduto xiita de Sadr City, também na capital, uma moto-bomba explodiu perto de um quiosque de venda de falafel, matando cinco pessoas. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade por qualquer um dos ataques, mas o Iraque é o berço de um número de grupos insurgentes, incluindo um braço local da Al Qaeda.
“Eu apelo à consciência de todos os líderes religiosos e políticos para não deixar a raiva conquistar a paz e usar sua sabedoria, porque o país está em uma encruzilhada”, disse o enviado da ONU Martin Kobler em comunicado.