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Caça ilegal de elefantes na República Central-Africana aumenta

Caçadores ilegais de elefantes estão a aproveitar-se do caos na República Centro-Africana para caçar animais em áreas selvagens protegidas e abertamente vender sua carne em mercados locais, disseram ativistas nesta sexta-feira.

As matanças fazem parte de uma onda mais ampla de caça ilegal, impulsionada por uma crescente demanda asiática por marfim que ameaça toda a população de elefantes da região, disseram oito organizações.

Pobre, mas rica em minerais, a República Centro-Africana mergulhou numa crise em março, quando rebeldes tomaram a capital e depuseram o presidente François Bozize. Bandidos e combatentes rebeldes continuam a circular por grandes áreas do país remoto, disseram as ONGs.

O World Wildlife Fund afirmou que seus escritórios na área protegida de Dzanga-Sangha foram saqueados três vezes no mês passado e que tinha retirado seu pessoal. “A situação é realmente muito perigosa”, disse o chefe do WWF, Bas Huijbregts, sobre a situação política na região.

Dzanga-Sangha, um Património Mundial da Unesco, é o lar de 3,4 mil elefantes da floresta, que são menores do que seus primos da savana africana e com presas mais retas e estreitas.

O WWF disse que recebeu, junto com outros grupos, “relatórios alarmantes a partir de suas operações de campo de que os elefantes estão sendo abatidos na violenta República Central-Africana… relatos iniciais indicam que a matança pode ser extensa”.

Oito organizações conservacionistas que trabalham na bacia do Congo reuniram-se em Brazzaville para propor aos governos maneiras de combater a caça ilegal desenfreada, que abate cerca de 20 mil a 30 mil elefantes africanos a cada ano.

Os grupos, entre os quais a Rede Africana de Parques, Traffic e a Wildlife Conservation Society, exortaram os países africanos a desenvolverem seus laços com a China e a Tailândia, dois dos maiores importadores de marfim da Ásia, no sentido de encontrar uma solução para a crise.

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