A Bombardier tomou outro passo para ingressar no mercado de jactos da Boeing e Airbus, afirmando que começou a montar o rival CSeries e que mantém o cronograma para começar os testes de voo até o final do ano.
A fuselagem e outras partes do primeiro avião CSeries, que vai incluir componentes produzidos no Reino Unido, China e noutras partes do mundo, estão a ser reunidas na fábrica da Bombardier em Mirabel, Québec, informou a companhia canadense.
“Estamos a mirar um primeiro voo, este ano”, disse Marc Duchesne, porta-voz da Bombardier. “O mercado espera que comecemos a voar tão cedo quanto isso.” A aeronave, para entre 100 e 149 passageiros, vai desafiar os modelos mais vendidos da Boeing e da Airbus, os jactos de corredor único das famílias 737 e A320.
O avião vai usar tecnologia de compósito de carbono nas asas. Boeing e Airbus travam uma disputa global por participação de mercado e, num sinal de intensa competição, reduziram os preços para impulsionar encomendas de versões remodeladas e mais eficientes dos seus aviões mais vendidos.
Ambas as empresas estimam que a demanda global por jactos vai exceder 4 trilhões de dólares nos próximos 20 anos. A Bombardier lançou o programa CSeries em 2008 e espera entregar o primeiro avião a um cliente não revelado no final do próximo ano.
A Swiss International Air Lines, unidade da Lufthansa, foi a primeira companhia aérea a encomendar o modelo, disse a Bombardier.
A companhia canadense informou que recebeu 352 encomendas, incluindo 138 pedidos firmes, para o CSeries, que promete economia de 20 por cento no consumo de combustível em comparação com os actuais modelos de aeronaves rivais.
O jacto será equipado com motores Pratt & Whitney, unidade da United Technologies. Os preços de tabela do CSeries são de 58 milhões de dólares para o CS100 e 66 milhões de dólares para a versão CS300.
