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Bombardeio em mercado é “declaração de guerra”, diz Sudão do Sul

Aviões militares sudaneses bombardearam nesta segunda-feira a capital do Estado petroleiro sul-sudanês da Unidade, segundo moradores e autoridades, num ataque que o Exército do Sudão do Sul qualificou como uma declaração de guerra.

O Sudão negou ter realizado bombardeios aéreos, mas o seu presidente, Omar Hassan al-Bashir, elevou a tensão política ao descartar a retomada de negociações com o Sudão do Sul, alegando que o governo de Juba só entende “a língua do canhão”.

Um jornalista da Reuters viu aviões atirando duas bombas perto de uma ponte que liga dois bairros de Bentiu, capital da Unidade, mas não foi possível averiguar a origem dos aparelhos. O repórter viu barracas do mercado em chamas, e o corpo de uma criança.

A assessoria de imprensa do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, divulgou um comunicado dizendo que ele “condena o bombardeio aéreo do Sudão do Sul pelas Forças Armadas Sudanesas e pede ao Governo do Sudão que cesse todas as hostilidades imediatamente”.

Os dois países estão à beira de uma guerra nas últimas semanas por causa de repetidas escaramuças na região da fronteira.

O Sudão do Sul ficou independente do resto do Sudão em julho do ano passado, mas os dois governos têm sérias divergências por causa da demarcação da fronteira e da posse dos recursos petrolíferos.

O porta-voz militar sul-sudanês, Philip Arguer, disse que duas pessoas morreram no bombardeio. “Bashir está a declarar guerra ao Sudão do Sul. É algo óbvio”, disse ele.

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