A Bolsa de Nova York fechou em alta esta quarta-feira, impulsionada – como na véspera – pela manutenção dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O Dow Jones teve ganho de 0,45% e o Nasdaq subiu 0,47%.
Segundo dados de fechamento, o Dow Jones Industrial Avarage subiu 47,69 pontos, a 10.733,67, novo teto em 2010, e seu nível mais alto desde outubro de 2008. O Nasdaq, composto principalmente por empresas do setor de tecnologia, avançou 11,08 pontos, para 2.389,09 pontos, e o índice ampliado Standard & Poor’s 500 subiu 0,58% (6,75 pontos), a 1.166,21.
Ambos os índices têm registrado há vários dias novos tetos no ano, voltando aos níveis de agosto e setembro de 2008, período pré-crise. “A conjunção de boas cifras econômicas e de uma política de dinheiro fácil (por parte do Fed) impulsiona o mercado à alta”, resumiu Peter Cardillo, da Avalon Partners. Estimulada pelo banco central, Wall Street recebeu favoravelmente o anúncio da queda duas vezes maior que o previsto dos preços do atacado nos Estados Unidos em fevereiro, derrubados pelos preços do setor de energia. O índice de preços ao produtor teve queda de 0,6% em relação a janeiro.
Esses dados “afastam a urgência de um aumento das taxas de juros por parte do Fed”, declarou Lindsay Piegza, da FTN Financial, lembrando que a missão do banco central é conter a inflação. O volume de operações continua, no entanto, limitado, e os movimentos da bolsa são “prudentes”, segundo o analista, que destacou que numerosos projetos de lei estão atualmente em discussão em Washington. “O mercado está em modo de retomada há cinco semanas, um longo período, o que implica em duas coisas: a primeira, necessitamos de um bom mercado para uma retomada tão longa, a segunda, é que uma pausa para nos refrescarmos nos próximos dias não seria uma surpresa”, declarou, por sua vez, Al Goldman, da Wells Fargo Advisors.
O mercado obrigatório subiu. O rendimento dos títulos do Tesouro com prazo de 10 anos caiu para 3,642%, contra 3,653% na noite de terça-feira. Os títulos de 30 anos fecharam a 4,572%, contra 4,593%. O rendimento das obrigações evolui no sentido oposto a seus preços.