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Boa performance da banca evitou efeitos negativos da 1ª vaga da crise financeira

A “boa performance” da banca comercial moçambicana evitou que Moçambique fosse “duramente” atingido pelos efeitos negativos da primeira vaga da crise financeira mundial, despoletada na área da Imobiliária dos Estados Unidos da América (EUA), em 2007.

 

 

Também as instituições financeiras internacionais, incluindo o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BIRD) e ainda países membros do G-19 (Grupo de maiores financiadores do Orçamento do Estado de Moçambique) ajudaram o país a minorar os efeitos, segundo Victor Lledó, representante do FMI em Moçambique, realçando que a ajuda foi, na sua maioria, para manter em cerca de quatro e meio as reservas internacionais líquidas para importações de bens e serviços.

Apenas a segunda vaga da crise financeira mundial é que está a afectar Moçambique, caracterizandose pela deterioração dos indicadores macro-económicos que irão provocar “mais desemprego com implicações no atraso ao cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio”, realçou Lledó, avançando que a África do Sul, principal parceiro económico de Moçambique, deverá perder cerca de um milhão de empregos, ao longo do próximo ano, devido à mesma vaga da crise financeira mundial.

Esta segunda vaga que se faz sentir desde 2009 está a concorrer para Moçambique registar até Dezembro de 2010 uma inflação média de 12,7%, contra projecções do Governo indicando que a mesma iria ser contida na banda dos 9,5%, contra os 3,3% de taxa de inflação registada em 2009.

Também neste presente ano, os défices fiscais estão a subir e deverão permanecer elevados em 2011, “mas isso irá depender muito do nível de crescimento da economia moçambicana”, enfatizou Lledó.

Resistência

“A resistência à crise foi muito bem maior em Moçambique que a nível de toda a África”, vincou o representante do FMI, indicando como razões da situação as condições iniciais de solidez macroeconómica do país que foram determinantes para que “se atravessasse a crise sem sobressaltos”, tendo as mesmas possibilitado implementação de políticas fiscal e monetária “acomodatícias na esteira da crise económica global de 2008-09”. Lledó falava durante a apresentação de perspectivas de crescimento económico da África ao Sul do Sahara, em 2011.

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