Resultante do crescente agravamento do preço de combustíveis fósseis no mercado internacional, Moçambique acaba de ser classificado pela companhia indiana Tata Chemicals, como “fonte prioritária” para a produção de biocombustíveis para abastecer o mercado nacional e exportação de parte do produto para Índia.
Para o efeito, aquela firma deverá solicitar ainda no decurso deste ano ao Governo moçambicano a concessão de espaço visando a plantação de jatrofa, numa região ainda por determinar, segundo fonte documental da empresa a que o Correio da manhã teve acesso, apontando ainda o combate às mudanças climáticas como um dos motivos que levam a Tata Chemicals a apostar na produção de biocombustíveis por serem ambientalmente mais saudáveis e sustentáveis.
Trata-se da segunda manifestação de interesse manifestada por uma entidade estrangeira, nos últimos três mês, depois de recentemente o Japão terse disponibilizado a aplicar cerca de cinco milhões de dólares norte-americanos para apoiar esforços do Executivo moçambicano visando a implementação da Estratégia Nacional de Produção de Biocombustíveis no país.
O apoio do Japão inclui o fornecimento de equipamento moderno para o cultivo da jatrofa e envio de especialistas japoneses para a formação de quadros moçambicanos em matéria de produção daqueles recursos energéticos.
A implementação do programa de produção de biocombustíveis, em Moçambique, será conduzida pela Universidade de Tóquio, no Japão, e pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM).