O Sudão não precisará mais, dentro de um ano, da presença das ONGs internacionais em Darfur (oeste), afirmou o presidente sudanês, Omar al-Bashir, diante de milhares de militares em Cartum.
“Acabo de dar a ordem à direção de Assuntos Humanitários para que daqui a um ano não tenhamos mais necessidade de receber trabalhadores humanitários internacionais no Sudão”, afirmou, em uma referência à ajuda internacional na província sudanesa de Darfur.
“Se querem trabalhar conosco, não precisão fazer mais do que deixar sua ajuda no aeroporto”, acrescentou Bashir, que se comprometeu a substituir as ONGs internacionais por organizações locais.
Bashir ordenou a expulsão de 13 ONGs internacionais do Sudão depois que a Corte Penal Internacional (CPI) emitiu em 4 de março uma ordem de prisão contra ele por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Darfur.
Segundo a ONU, a guerra civil que afeta Darfur já provocou 300.000 mortos – número que Cartum reduz a 10.000 – e deixou 2,7 milhões de deslocados.
Entre as ONGs expulsas por Bashir estão a britânica Oxfam, a americana Care e as seções francesa e holandesa da Médicos Sem Fronteiras (MSF).