Visando responder à demanda de energia eléctrica na África Austral, duas novas barragens deverão ser construídas em Boroma e Lupata, na província central de Tete, entre 2012 e 2016, com as obras a custarem cerca de um bilião de dólares norte-americanos.
O estudo de viabilidade e de impacto ambiental iniciou em Julho de 2009 e deverá ser entregue ao Governo moçambicano até Novembro de 2011, de acordo com Paulo Ratilal, director-geral do consórcio constituído por capitais moçambicanos, angolanos e brasileiros que, em 2008, ganhou um concurso público internacional lançado pelo Executivo para aquelas obras.
Dados preliminares dos projectos indicam que “eles são viáveis e já estamos quase prontos para entrar na fase de edificação das duas hidroeléctricas”, salientou Ratilal, falando, esta quarta-feira, em Maputo, à margem de um encontro informativo sobre o estágio do estudo de viabilidade daquelas iniciativas.
Estimativas avançadas, igualmente, por aquela fonte indicam que a barragem de Boroma deverá dispor de uma capacidade de produção anual de energia eléctrica de cerca de 180 megawatts, enquanto a de Lupata será de perto de 600 megawatts/ano, realçando que o produto destina- se ao consumo doméstico e exportação para os restantes países da África Austral.
A barragem de Boroma vai localizar-se, precisamente, a cerca de 100 quilómetros a montante da Hidroeléctrica de Cahora Bassa e a de Lupata a cerca de 80 quilómetros a jusante da HCB, segundo ainda Ratilal.
O consórcio responsável pela construção das duas barragens é constituído pelas empresas Electricidade de Moçambique (EDM) e SONIPAL, de Moçambique, Energia de Angola (ENAGOL) e ATP Engenharia e Consultoria, do Brasil.