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Bangladesh condena líder islâmico à morte e desencadeia protestos

O tribunal de guerra de Bangladesh condenou o líder do partido islâmico Jamaat-e-Islami à morte, esta quarta-feira (29), por crimes contra a humanidade, incluindo genocídio, tortura e estupro, durante a guerra de independência do Paquistão, em 1971.

A sentença aplicada a Motiur Rahman Nizami, ex-parlamentar e ministro de 71 anos, provocou protestos, alguns violentos, de apoiantes do seu partido, que dizem que o governo usou o tribunal para enfraquecer os seus adversários políticos.

“Considerando a gravidade dos crimes, o tribunal puniu-o com a pena de morte”, declarou o promotor federal, Mohammad Ali, a repórteres. Nizami já tinha recebido a mesma condenação por um caso de contrabando de armas em Janeiro.

O Jamaat-e-Islami disse num comunicado que o povo de Bangladesh ficou “surpreso, atordoado e profundamente entristecido” com o veredicto desta quarta-feira, e pediu uma greve geral de 24 horas a partir da quinta-feira e uma paralisação nacional de 48 horas a começar no domingo.

A polícia afirmou que os activistas do Jamaat protestaram pouco depois da sentença e que cerca de 90 deles foram detidos no distrito natal de Nizami.  Os policiais dispararam balas de borracha e gás lacrimogéneo para dispersar os activistas do Jamaat e do Shibir, o braço estudantil do partido, na cidade de Sylhet, no nordeste do país e a 280 quilómetros da capital, Daca.

Eles vandalizaram cerca de 20 veículos, e mais de uma dúzia de pessoas ficaram feridas nos confrontos com a polícia.  Os policiais adicionais e as forças paramilitares foram mobilizadas em todo o país.

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