O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) financia actualmente 18 projectos em Moçambique, avaliados em cerca de 406 milhões de euros, numa experiência “positiva”, mas que, dizem fontes do BAD, exige novos desafios.
Presente desde 1977 em Moçambique, onde já aprovou 82 projectos no valor de cerca de 1,03 mil milhões de euros, o BAD financia actualmente 18 projectos, a maioria dos quais relativa à construção de infra-estruturas, como estradas, redes de energia e fornecimento de água.
“Apesar do sucesso e da avaliação muito positiva, há vários desafios pela frente”, disse uma fonte do BAD em Maputo. Um dos objectivos do banco é acelerar os prazos na entrada em efectividade dos projectos, para a qual foi dado um limite de 12 meses para o seu arranque a partir do momento da assinatura.
O reforço da capacidade institucional, nomeadamente na interpretação das normas de aquisição, e o aumento para 85 porcento de desembolso anual para os projectos são outras das metas do BAD.
“Em 2010 pagámos 70 porcento do total previsto para esse ano, mas queremos a longo prazo chegar ao desembolso de 85 porcento por ano”, referiu aquela fonte.
O BAD faz parte do G-19, um grupo de países e instituições que financiam directamente o Orçamento do Estado de Moçambique, atribuindo-lhe cerca de 63 milhões de euros por triénio.
Tal como os restantes doadores, o BAD considera existirem “demoras na aprovação da lei anti-corrupção” pelo Parlamento e “exige que o sistema nacional de aquisições seja transparente”.
Para 2011-2014, o BAD vai focar o seu apoio a projectos que “promovam a inclusão social e a competitividade económica”, bem como a integração regional, como o corredor de Nacala, uma via de ligação da costa moçambicana, no Índico, ao Malaui e à Zâmbia.