O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) vai disponibilizar, próximo ano, três milhões e meio de dólares ao Malawi, para a realização do estudo de viabilidade ambiental da navegabilidade dos rios Chire e Zambeze.
Um memorando de entendimento entre os governos de Moçambique, Malawi e Zâmbia foi concluído em Abril de 2007, visando a mobilização do estudo de viabilidade, que tem como objectivo final a ligação do Malaui ao oceano Índico.
O Governo moçambicano referiu que para a tomada de decisão sobre a navegabilidade ou não dos dois rios tem como condição a realização prévia de um estudo de viabilidade por uma empresa credenciada.
Segundo o representante do Banco Africano de Desenvolvimento, Andrew Mwamba, o estudo de viabilidade, em princípio, terá a duração de 18 meses.
O objectivo dos malauianos é tornar navegáveis os rios Chire e Zambeze desde Nsanje até ao Oceano Índico, através do porto de Chinde, na Zambézia, numa distância de 240 quilómetros, dispondo- se a diminuir os custos de importação dos produtos do Malaui.
O projecto global, que inclui a construção do porto de Nsanje, asfaltagem da estrada da Blantyre-Nsanje e a dragagem dos rios Chire e Zambeze, está avaliado em seis mil milhões de dólares (4,45 mil milhões de euros).
Em 2010, este projecto foi motivo de tensão entre Moçambique e Malaui, quando este país tentou atingir o Índico sem a autorização do Governo moçambicano, que disse estar perante uma violação dos procedimentos acordados no Memorando de Entendimento Tripartido.