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Bancada da RENAMO pede esclarecimentos sobre a situação em Nampula

A Bancada parlamentar da RENAMO diz que aguarda pelos esclarecimentos da situação em Nampula e pela decisão de Afonso Dhlakama na busca de melhores vias para salvar a democracia e preservar a paz, em Moçambique. “A RENAMO e seu líder continuam e continuarão a primar pela paz e a dizer não à guerra, com acções que o mundo viu e viveu”, enfatizou Maria Angelina Dique Enoque, chefe da bancada parlamentar daquele antigo movimento guerrilheiro moçambicano, falando na abertura da quinta sessão ordinária da Assembleia da República (AR), esta Segunda-feira, no Maputo.

Enoque acusou a FRELIMO e seu Governo de pretenderem a guerra em Moçambique “perante estas atrocidades, perante estas provocações bem notórias e de domínio público interno e externo”, apontou, considerando, em seguida, que os encontros entre Dhlakama e o Chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, “não passaram de um acto de entretenimento, pois, por um lado, dialogava-se, mas, por outro, um contingente armado era enviado para atacar indefesos e desarmados”.

Por seu turno, o MDM, pela voz de Lutero Simango, seu chefe de Bancada parlamentar, disse que a sua formação quer a paz e democracia e que os acontecimentos ocorridos em Nampula aterrorizam os homens amantes da paz “e obrigam-nos a uma profunda reflexão”.

“Afinal em que direcção se pretende caminhar?”- indagou Simango a propósito dos tumultos de Nampula que culminaram com a prisão pela Polícia de mais de 30 antigos guerilheiros da RENAMO que se encontravam na sede da RENAMO naquela cidade há cerca de um mês.

A tomada de assalto da sede da RENAMO culminou também com a morte de um antigo guerrilheiro e de um agente da FIR (Força de Intervenção Rápida).

Por seu turno, a bancada parlamentar da FRELIMO acusou a RENAMO de concentrar os seus homens armados em Nampula à margem da lei para semear um clima de medo e apreensão.

De acordo com Margarida Talapa, chefe da bancada da FRELIMO, as liberdades dos cidadãos ficaram limitadas, as crianças não podem ir à escola livremente e aumentaram os índices do crime violento como assassinatos, roubos, violações e cárceres privados.

Talapa, Maria Enoque e Simango falavam na abertura da quinta sessão ordinária da AR com 24 pontos de agenda, sendo de destacar a apresentação da informação do Governo já esta Quarta e Quinta-feira e ainda apresentação da informação anual do Procurador-Geral da República, Augusto Paulino.

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