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Bacias hidrográficas equipadas redes telemétricas

As bacias hidrográficas de origem internacional estarão, a partir de Novembro próximo, equipadas de Redes Telemétricas, que permitirão observar e transmitir automaticamente a informação sobre a situação hidrológica no período de risco de cheias e inundações.

Para o efeito, está em curso o processo de construção das instalações físicas nas bacias do Incomáti, Limpopo, Maputo e Save na região sul do país e Búzi, Púngoè e Zambeze zona centro, partilhadas com outros Estados membros da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC), para a montagem do respectivo equipamento.

A rede também denominada por SADC-HYCOS (Sistema de Observação do Ciclo Hidrológico da SADC), em curso noutros países da região, está avaliada em três milhões de dólares norte-americanos financiados pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM) e a União Europeia (EU). José Malaço, Técnico do Departamento de Gestão de Recursos Hídricos na Direcção Nacional de Águas (DNA), que revelou o facto hoje no Seminário de Capacitação da Imprensa sobre as Estratégias do Sector de Águas, disse que as redes telemétricas estarão operacionais até Novembro próximo.

Com vista a operacionalizar o sistema de aviso de cheias, a DNA conta com três outras instituições relevantes, nomeadamente o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) e as Administrações Regionais de Águas (ARAs). A conclusão da montagem da rede telemétrica permitira não só a obtenção de dados em tempo real, mas também reduzir as dificuldades de comunicação com os leitores das estações localizadas em lugares sem rede de comunicação. “Em cada estação hidrométrica e pluviométrica existe um leitor que recolhe os dados diariamente.

No período seco a recolha é feita três vezes por dia e no período húmido, entre Outubro e Abril, consoante um cenário de cheias, a recolha é feita cinco vezes”, disse Malaço. Segundo a fonte, situações existem em que pessoas de má fé vandalizam bastas vezes a rede de observação e monitoria hidrológica instalada nas bacias hidrográficas, facto que periga não apenas o processo de recolha de informação, mas também priva as populações do alerta em períodos de risco de cheias.

Esta atitude tem elevados custos operativos em períodos de cheias, dado que pressupõe a necessidade de buscar outros meios para a leitura diária dos dados informativos em cada estação hidrométrica e pluviométrica. No entanto, Malaço afirma que a DNA continua a apostar na consciencialização das populações sobre os perigos da destruição do sistema, sobretudo porque elas é que mais sofrem as consequências do aumento do caudal dos rios, apelando ao seu envolvimento na protecção e defesa do equipamento.

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