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Automobilistas moçambicanos em apuros na África do Sul

Alguns condutores moçambicanos estão a experimentar cavadas dificuldades ao pretenderem alugar viaturas em instituições especializadas na vizinha África do Sul, tudo por serem portadores da nova carta de condução, vulgarmente designada por biométrica.

Tal sucede pelo facto de neste novo documento, no campo reservado à indicação da “data da primeira emissão”, aparecer a referente à que esta foi digitada, e não aquela a partir da qual o indivíduo ficou habilitado a dirigir veículos automóveis.

Mesmo se o estimado leitor tiver extraído pela primeira vez a sua carta de condução – das rosas – há vinte anos, se for a solicitar o documento biométrico este ano aparecerá no campo da “data da primeira emissão”, por exemplo a indicação de que só a partir de 2011 é que é um homem habilitado a conduzir, inibindo, assim, os gestores das rent a car sul-africanas (talvez de outros países também), a ceder-lhe a viatura, por desconfiar das suas habilidades.

É que, geralmente, na vizinha África do Sul é exigido um mínimo de 12 meses de experiência de condução pelas empresas de aluguer de viaturas para ceder as suas viaturas.

Na tentativa de “dar volta à situação”, alguns condutores moçambicanos optam por levar uma fotocópia da antiga carta de condução, que nem sempre é aceite pelos donos das agências de aluguer de viaturas, não raras vezes recusa acompanhada de comentários desabonatórios, como os de que “em Moçambique facilmente se falsificam documentos”.

Esta situação está a divertir muitos internautas, utilizadores de redes sociais de comunicação, e não só, deixando, uma vez mais, Moçambique e as suas instituições públicas na galhofa mundial.

Outra curiosidade constante na nova carta de condução biométrica é que logo a seguir ao nome do condutor, ao invés de aparecer o número deste documento, vem destacado o do Bilhete de Identidade (que seguramente não virá a coincidir se o automobilista um dia vier a requerer o BI biométrico), também (quase) obrigatório para tratar de outros testemunhos pessoais, actual passaporte, por exemplo, uma nova fonte de potenciais embaraços.

Foram nulos os nossos esforços para ouvir o comentário do Instituto Nacional de Viação (INAV), porque o respectivo portavoz, Filipe Mapangane, sempre se mostrou indisponível, sob os mais variados pretextos.

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