A Frelimo considera-se indiferente à ausência ou não do seu principal adversário, a Renamo, nas próximas eleições, embora reconheça que a participação desta é importante para o aprofundamento da democracia no país. Quem assim o diz é Verónica Macamo, membro sénior daquela força política, instantes após ter feito a inscrição do seu partido na Comissão Nacional de Eleições (CNE) de modo a garantir sua participação nas eleições autárquicas de 20 de Novembro próximo.
Na altura, ressalvou ela que a participação de maior número de partidos políticos nas eleições permite fortalecer o processo democrático, “mas que ninguém é obrigado a participar neste exercício”.
Afirmou ainda que a Frelimo é defensora da democracia e, por via disso, advoga uma maior concorrência nos pleitos, pois isso torna o processo mais interessante. “Não tenho dúvida de que se a Renamo participasse ganharia, com isso, a democracia. Esta é a convicção que tenho, mas não nos sentimos acomodados nem incomodados porque a Renamo concorre ou deixa de concorrer”. Asseverou.
Refira-se que a Renamo vem deste finais de ano passado ameaçando não participar e impedir a realização das eleições em Moçambique, alegando haver necessidade de se rever a actual lei eleitoral, que foi aprovada pelo Parlamento no finais de 2012 e promulgada pelo Presidente da República no princípio de 2013.
Nesta senda, a integrante da Comissão Política da Frelimo, órgão máximo do partido, apelou ao presidente e outros membros da Renamo a desistirem da intenção de boicotar as eleições. Ela recordou que Moçambique desde que abandonou o monopartidarismo tem realizado regularmente as eleições. “Nunca houve adiamento de eleições e isso é importante para a democracia.”
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