A polícia australiana deteve quatro terroristas que planejavam um ataque suicida contra uma base militar, anunciaram nesta terça-feira às autoridades. “Os suspeitos se preparavam para atacar pessoal militar e prosseguir até morrer”, em uma acção suicida, declarou Tony Negus, chefe da polícia nacional australiana.
“A intenção destes homens era a de penetrar em alojamentos militares e matar o maior número de pessoas possível (…). Se ocorresse, seria o mais grave ataque já realizado em solo australiano”, revelou Negus, destacando que a acção envolveria principalmente armas de fogo. De origem libanesa e somali, os suspeitos foram detidos em uma série de batidas realizadas por mais de 400 policiais no estado de Vitória, no sudeste do país, disse Negus.
O plano para atacar a base militar era investigado por uma equipe de 150 agentes desde Janeiro passado, revelou. Segundo o comissário, “os membros do grupo procuravam uma fatela ou um texto religioso para justificar um ataque terrorista contra a Austrália”.
Negus destacou que os terroristas têm ligações com o grupo islâmico radical somali dos shebab, que realiza uma ofensiva contra o atual governo de transição em Mogadíscio. O comissário revelou que membros do grupo estiveram na Somália para “participar das hostilidades naquele país”.