O Presidente da Frelimo , Armando Guebuza, instou, sexta-feira, à mulher moçambicana a continuar empenhada no aumento da produtividade e da competitividade do sector produtivo como parte dos desafios visando fazer face ao elevado custo de vida no país.
O Presidente deste partido no poder em Moçambique destacou, para o efeito, a necessidade de um maior aproveitamento dos recursos de que o país dispõe.
“Devemos, igualmente, continuar empenhados no maior aproveitamento das potencialidades do mercado regional e internacional, bem como das inúmeras potencialidades que as tecnologias de informação e comunicação nos oferecem”, disse Guebuza na abertura do III Congresso da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), que arrancou, sexta-feira, na Escola Central do Partido Frelimo, no Município da Matola.
Guebuza fez esta exortação na sequencia da situação difícil que a maioria da população enfrenta devido ao elevado custo de vida resultante, segundo ele, de factores internos e externos, com destaque para a instabilidade dos preços de produtos essenciais no mercado internacional como é o caso de combustíveis e alimentos .
O Presidente da Frelimo, que é igualmente o Chefe do Estado moçambicano, apontou como outras soluções, para fazer face a situação, a melhoria da investigação entre os diferentes sectores da economia, a exploração mais eficaz das potencialidades nas áreas da agricultura, pecuária e piscicultura.
Aliás, segundo Guebuza, outra medida passa por incrementar investimentos nas infra-estruturas de energia, telecomunicações e daquelas que ligam os centros de produção aos centros de consumo.
Quanto aos factores externos que concorrem para o elevado custo de vida, sobretudo os relacionados com a alta de preços de combustíveis e alimentos, particularmente o trigo, Guebuza exortou a mulher moçambicana para prosseguir com as acções em curso tendentes a disseminar a informação pública sobre as causas reais e sobre o papel de cada um dos cidadãos na sua mitigação.
“Importa que os exemplos de aumento de produção e da produtividade, incluindo dos produtos alimentares que importamos, bem como as experiências de agro-processamento, que com elas entramos em contacto no contexto da Presidência Aberta e Inclusiva, sejam divulgadas, replicadas e popularizadas”, desafiou Guebuza.
Segundo Ele, a mulher do sector público tem estado a responder a este desafio da alta de preços através, em especial, “do combate ao burocratismo e ao espírito de deixa andar para diminuir os circuitos e encargos burocráticos que roubam tempo, consomem recursos, aumentam a improdutividade e encarecem os serviços”.
“Este combate deve prosseguir com maior rigor”, recomendou o Presidente da Frelimo, perante centenas de pessoas, entre delegadas ao Congresso, convidadas, incluindo delegações estrangeiras, e profissionais da comunicação social.
Guebuza disse reconhecer, na OMM, a capacidade de mobilização, enquadramento e trabalho com as bases para superar os desafios que o custo de vida impõe.
Deste modo, O Presidente da Frelimo incentivou às mulheres a prosseguirem com as suas acções tendentes a angariar mais membros, a aumentar a sua visibilidade na sociedade e a reforçar a sua capacidade e robustez patrimonial e financeira.
A determinação da mulher em varias frentes foi sublinhada por Guebuza, recordando as varias fases do envolvimento da mulher na causa do povo moçambicano, como é o caso da luta armada de libertação nacional, das fases subsequentes a independência e o seu grande empenho em processos eleitorais que resultaram na vitória do partido e dos seus candidatos.
“Ao longo dos tempos, esta vossa organização provou ser uma plataforma indispensável na formação de quadros e de fonte de recrutamento de mulheres para sectores de actividade onde servem de referencia e de encorajamento para a rapariga matricular-se, frequentar e concluir níveis de formação e de especialização”, exemplificou Guebuza, vincando que se trata de uma tradição que data dos tempos da luta de libertação nacional.
Durante três dias, o III Congresso da OMM, uma das organizações filiadas no partido no poder, vai analisar, entre vários documentos, o relatório do Conselho Nacional, a proposta do Programa da OMM para 2011-2016 e a eleição dos novos órgãos da organização.