Quinta-feira, não foi fácil falar com a directora provincial das Finanças, Joaquina Gumeta, sobre este e outros casos. Mas a comunicação social fez tudo para ouvir da directora sobre o ponto de situação do pagamento de salários aos professores que começarão a dar aulas já a partir da próxima segunda-feira, quando o ano lectivo iniciar.
Alegando que estava atrasada, porque ia a uma teleconferência com os seus superiores a partir de Maputo, Gumeta não aceitou nem sequer parar para ser entrevistada.
Mas quando questionada sobre o problema que afecta anualmente o sector de educação, ela disse que não é problema de cabimento orçamental, mas sim, tudo prende-se em muitos casos com os problemas que afectam o próprio sector.
Toda ela apressada, foi falando mas com ares de despacho e tudo indicava que ela não queria falar sobre o assunto. Mesmo assim a comunicação social não largou, tendo acompanhado da sala de reuniões do Instituto de Formação de Professores (IFP) até ao portão principal.
Nesta caminhada a senhora foi dizendo que muitas vezes os próprios funcionários, neste caso professores contratados, não tem reunido os documentos exigidos, dai que quando é assim, o processo também é demorado.
A fonte foi explicando no meio dessa sua pressa que o sector que dirige já fez a planificação adequada convista a fazer face ao pagamento de salários aos funcionários contratado.
“Venham mais logo”
Quando viu que as coisas estavam a entrar num outro ritmo, a directora provincial das Finanças, disse aos jornalistas para que viessem mais tarde a aquele local que acolhe o seminário da Associação dos Estudantes Universitários e Finalistas (AEFUM).
Por volta das 15horas, pelomenos o nosso jornal lá esteve, mas a directora não se fez presente, tendo enviado o seu director adjunto. Os motivos da sua não comparência ninguém percebe, porque na mesma manha ela própria havia prometido que daria detalhes sobre o assunto.
O dilema de sempre
Esta situação não é nova, pelomenos com a directora das Finanças. É sempre assim, para falar com a senhora Joaquina Gumeta. Fica difícil, porque sempre está com pressa ou porque vai fazer isto ou vai naquele encontro, etc.
Quando então promete, não cumpre, diferente do slogan do partido onde ela milita que usa um slogan diferente. Não se sabe até quando é que esta situação poderá estar regularizada. Porque a directora chegou ao auge e já ‘e demais.
Porém, basta referir que o crónico problema de atraso no pagamento de salários aos funcionários do sector de educação já se arrasta há anos. Ficam quase seis meses sem salários e os que vivem em zonas recônditas, andam mergulhados em dívidas e quando chega o salário, então só dá para pagar apenas as dividas.