A explosão de uma bomba na passagem de um comboio da polícia na cidade de Jalingo, no leste da Nigéria, matou 11 pessoas e feriu pelo menos 22, disseram uma testemunha e uma autoridade à Reuters, um dia depois de dois ataques terem matado pelo menos 19 pessoas em outras partes do país.
Nenhum grupo asusmiu de imediato a tesponsabilidade pelo atentado, mas as autoridades culparam por vários outros ataques recentes com bombas a seita islamista Boko Haram, que pretende criar um Estado islâmico na Nigéria.
Uma onda de atentados e tiroteios nos últimos cinco dias na Nigéria reduziu a esperança de que prisões e morte de membros da Boko Haram em ações militares, nas últimas semanas, tivessem prejudicado sua capacidade de desfechar ataques em larga escala no país, o maior produtor de petróleo da África.
“Pelo menos 11 pessoas foram mortas e 22 feridas perto da sede da polícia estadual de Jalingo às 8h30 (hora local) quando um comissário da polícia se dirigia a seu gabinete”, disse o funcionário da Cruz Vermelha local Ahmed Bello.
“Vi o momento da explosão. Aparentemente o alvo era o comissário da polícia que passava pela área”, disse o editor de um jornal local, Ben Adaji, por telefone. O comissário da polícia, Mamman Sule, afirmou que sua equipe está investigando se ele era o alvo do ataque. Ele confirmou três mortes e afirmou que o pára-brisa de seu carro tinha ficado estilhaçado.
As autoridades nigerianas costumam ser cautelosas na divulgação do número de mortos enquanto as cifras oficiais não são confirmadas com a sede do governo, em Abuja.
Jalingo é a capital do Estado de Taraba, que faz fronteira com Camarões e costuma ser uma região pacífica.