Pelo menos 48 pessoas foram mortas quando homens armados em dois micro-autocarros passaram em alta velocidade por uma cidade costeira do Quénia, a dispararem contra adeptos de futebol reunidos para ver uma partida do. Campeonato Mundial de Futebol na noite de domingo num salão com TV.
Eles dispararam também contra hotéis e um banco, disseram a polícia e uma testemunha, esta segunda-feira (16). A polícia informou que muito provavelmente o ataque foi obra do grupo islamita Al Shabaab, da Somália.
A cidade-alvo, Mpeketoni, fica no litoral no Oceano Índico ao norte de Mombasa, o principal porto do Quénia, situado perto da fonteira somali. Nenhum grupo assumiu de imediato a responsabilidade pelo ataque, o último de uma onda de atentados a bomba e tiroteios nos últimos meses no Quénia, os quais vêm prejudicando o já abalado sector de turismo do país.
O governo do Quénia informou que estará em alerta durante o Campeonato Mundial de Futebol para garantir que os locais públicos de exibição dos jogos sejam seguros. “Os atacantes eram tantos, e todos portavam armas. Eles entraram no salão da TV onde nós estávamos a ver um jogo do Campeonato Mundial de Futebol e dispararam indiscriminadamente contra nós”, contou Meshack Kimani à Reuters, por telefone.
“Eles dispararam somente contra homens, mas eu tive sorte. Escapei por esconder-me atrás da porta.” O ataque de domingo foi o pior desde a ofensiva de Setembro contra o shopping center de Westgate, em Nairóbi, onde 67 pessoas morreram.
Depois da acção em Wesgate, o grupo Al Shabaab anunciou que lançaria mais ataques, dizendo estar determinado a expulsar as tropas quenianas da Somália. O Quénia, cujos soldados estão na Somália como parte de uma força de paz queniana que combate militantes islamitas, afirmou que não removerá as suas tropas.